Um ano difícil, de enxugamento da máquina pública e muita
economia de gastos. São essas as previsões que cientistas políticos
fazem para o cenário de 2015, tanto no âmbito estadual quanto no âmbito
nacional. Para o cientista político Joviniano Neto, o final de 2014 já
sinalizou uma grande pressão do mercado, principalmente de bancos, para
que seja aplicada uma postura de redução de gastos e freio na arrumação
das contas. Na Bahia, o governador eleito terá grandes desafios para
aliar a experiência que já tem de gerenciar com a que está para surgir,
de dirigir e liderar politicamente. Segundo ele, há uma ideia de que a
solução econômica está na linha de redução de despesas e de cortes para
manter a ordem na casa. No entanto, tais medidas poderão enfrentar
resistências. “Isto porque a partir de um determinado momento pode
prejudicar a manutenção. Sem contar que temos orçamentos de verbas
carimbadas que não podem mudar. Há uma pressão imensa para tentar
reduzir gastos sociais, mas tem partes que são irredutíveis”, diz. O
especialista explica que já há uma pressão no governo de ter uma base
que foi eleita numa política social que envolve, por exemplo, o Minha
Casa, Minha Vida, dentre outros programas. “Não se pode podar a árvore
onde foi construído o ninho. Mas essa pressão vai haver tanto no governo
estadual quanto no federal. Uma tentativa de ajuste, de arrumar as
coisas para fazer a parte mais difícil no começo de 2015 e melhorar
consideravelmente no segundo semestre do ano”, acrescenta. POLITICA LIVRE
Hieros Vasconcelos Rego, Tribuna
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