A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou hoje (2) manifesto
defendendo a adoção de um plano nacional de combate à corrupção. No
documento, aprovado pelo plenário do Conselho Federal da OAB, a entidade
repudia os atos de corrupção descobertos e investigados nos últimos
meses. Além da investigação, o manifesto lista medidas que contribuiriam
para enfrentar “os estímulos sistêmicos à prática da corrupção”. A
principal, segundo a OAB, é a proibição do financiamento empresarial de
campanhas eleitorais e o estabelecimento de limites para contribuições
de pessoas físicas. “O atual sistema eleitoral torna as eleições
brasileiras caríssimas. O financiamento de campanhas por empresas
privadas cria uma sobreposição venenosa entre política e interesses
empresariais, e precisa ser urgentemente extirpado das eleições que
realizamos a cada dois anos”, diz o documento. Para a OAB, o modelo
atual de financiamento estimula a corrupção. Em 2011, a entidade
encaminhou ao STF uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin),
pedindo que empresas sejam proibidas a financiar partidos políticos e
campanhas eleitorais. Durante o julgamento que se estendeu até este ano,
o pedido foi acatado pela maioria dos ministros da Corte, mas um pedido
de vista do ministro Gilmar Mendes, em abril, suspendeu o julgamento.
Luciano Nascimento, Agência Brasil politica livre
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