Puyr Tembé declarou que indígenas foram "atacados de forma violenta".
Cinco colonos relataram que foram baleados em confronto com índios.
Confronto ocorreu na segunda (1º), perto da reserva
Alto Rio Guamá. (Foto:Reprodução/Tv Liberal)
Puyr Tembé, líder tembé, se manifestou nesta terça-feira (2) sobre o
confronto ocorrido na segunda (1º), quando cinco colonos foram baleados
na Vila do Livramento, próximo à reserva indígena do Alto Rio Guamá, em
Garrafão do Norte, nordeste do Pará. De acordo com Puyr, o povo tembé,
no exercício do seu direito e da decisão da Justiça na retomada do seu
território reconhecido legalmente, foi atacado de forma violenta.
"Reforçamos que há mais de 20 anos o nosso território da comunidade
tembé vem sofrendo repetidas invasões, tirando o nosso direito de viver
do nosso território. Pedimos para que as autoridades ajam com rapidez
para investigar estas agressões e para corrigir a situação", completou o
líder indígena em nota enviada ao G1.Alto Rio Guamá. (Foto:Reprodução/Tv Liberal)
Equipes da Polícia Federal foram enviadas de Belém na manhã desta terça-feira (2) até o local do conflito. "Vamos acompanhar o caso, esses conflitos entre índios e colonos a gente já vê há pelo menos 30 anos. Vamos aguardar, no decorrer do inquérito, uma reunião entre Ministério Público Federal, Incra e Funai", informou Ildo Gasparetto, Superintendente Regional da Polícia Federal do Pará.
Índios Tembé e colonos que habitam a Vila do Livramento, próximo à reserva indígena do Alto Rio Guamá, em Garrafão do Norte, nordeste do Pará, entraram em confronto na última segunda-feira (1º). De acordo com os colonos, os indígenas teriam chegado atirando. Cinco colonos ficaram feridos e foram encaminhadas no mesmo dia para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua.
Segundo a Funai, a fazenda onde ocorreu o confronto pertence a herdeiros da família Mejer Kabacvnik, que recebeu autorização do Incra para ocupar a área limite, mas invadiu 9 mil hectares da terra indígena, na década de 70.
Após 35 anos de processos judiciais, no último mês de setembro foi concedida uma liminar da Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), determinando a reintegração para os índios da área de 9 mil hectares. Outra liminar da Justiça Federal, em Paragominas, também deu a reintegração dos índios, em 10 de outubro.
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