MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

No AP, maternidade suspende consultas para gestantes de alto risco


Alta demanda e recesso de médicos no fim do ano teriam causado suspensão.
Previsão de retorno da marcação é janeiro de 2015.

Cassio Albuquerque Do G1 AP
Hospital da Mulher Mãe Luzia (Foto: Thaís Pucci/ G1)Marcação de consultas é feita em núcleo da
Maternidade Mãe Luzia (Foto: Thaís Pucci/ G1)
Na única maternidade pública do Amapá, Hospital Mãe Luzia, a marcação de consultas para as mulheres com gravidez de alto risco está suspensa desde o dia 20 de novembro. O atendimento para marcar consulta é feito em um núcleo da maternidade chamado de Casa da Gestante de Alto Risco.

A marcação desse tipo de consulta não é feita pelas unidades básicas de saúde dos municípios, o que acaba estrangulando o atendimento na maternidade. A direção do hospital informou que irá se pronunciar sobre o assunto ainda nesta quarta-feira (26).

Segundo informações de uma funcionária da maternidade que não quis se identificar, o motivo da suspensão está relacionado ao número de grávidas que ainda esperam por uma consulta. Ela informou que mais de 100 de gestantes agendaram consultas, mas ainda não passaram pela triagem. A previsão para o retorno das marcações é janeiro de 2015.
Simone veio acompanhada do marido e não conseguiu marcar consulta (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Simone veio acompanhada do marido e não
conseguiu marcar consulta (Foto: Cassio
Albuquerque/G1)
"Os médicos ainda vão entrar em recesso durante o fim de ano. Todos os dias eles atendem umas 14 gestantes através da triagem. Se passar desse número eles brigam. As pessoas chegam aqui e discutem com a gente, mas não temos culpa. Só cumprimos ordens", disse a funcionária.
A professora Simone Barreto está grávida de cinco meses e descobriu no quarto mês de gestação que contraiu toxoplasmose, doença transmitida através das fezes de animais e que pode causar problemas no coração, fígado e músculos. Ela tentou marcar uma consulta nesta quarta-feira e não conseguiu.
Assustada, Simone teme que a falta de tratamento da doença possa afetar o bebê.
Causal tentou marcar consulta e não conseguiu (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Casal na recepção da maternidade (Foto: Cassio
Albuquerque/G1)
“Eu me sinto prejudicada. Infelizmente o meu direito como cidadã de ser atendida e receber um serviço de saúde pública de qualidade não está sendo garantido. Assim como eu, outras grávidas estão na mesma situação. Estou com medo que meu filho possa nascer doente”, disse aflita.

O marido da professora, Márcio Souza, a acompanhou durante a visita na maternidade e ficou indignado quando soube que a marcação de consulta estava suspensa.

“Minha mulher vai ter filho em maio e ela precisa fazer esse exame. Fomos orientados para receber o atendimento na emergência do hospital, mas acredito que esse procedimento está errado”, reclamou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário