Área foi ocupada por índios terena na sexta no distrito de Taunay.
Grupo se comprometeu a não destruir sede, diz Polícia Militar.
Indígenas ocupam fazenda em distrito de
Aquidauana (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Proprietários da fazenda Maria do Carmo, ocupada por indígenas desde
sexta-feira (28), deixaram a sede da propriedade, no sábado (29), no
distrito de Taunay, em Aquidauana, (MS), após reunião com representantes do Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e indígenas.Aquidauana (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
De acordo com o comandante do Batalhão da Polícia Militar (PM), Renato Tolentino, ficou acordado que os proprietários têm o prazo de cinco dias para retirar o gado da fazenda e os índios se comprometeram a não mexer na sede.
Valéria Saigale, filha da proprietária da fazenda Maria do Carmo, confirmou ao G1 que a irmã, que morava na fazenda, saiu do local por recomendação do procurador do MPF e por ameaças, e que deve retirar o gado no prazo de cinco dias. O advogado que representa a produtora informou que entrou com pedido de reintegração de posse na sexta-feira e aguarda decisão da Justiça.
Uma reunião entre representantes dos indígenas, policiais e promotores de Justiça está marcada para terça-feira (2) em Campo Grande.
Ocupação
Indígenas da etnia terena ocuparam a fazenda Maria do Carmo na madrugada de sexta-feira. Segundo Tolentino, o grupo é formado por mais de 100 indígenas, entre homens, mulheres, crianças e idosos, e está na entrada da propriedade.
Segundo informações do coordenador técnico da Funai em Aquidauana, João Valdir, moradores de sete aldeias do município participam da ocupação. Ele informou ao G1 que o grupo reivindica o reconhecimento da área como Terra Indígena.
Conforme a família dos proprietários da fazenda, no momento da ocupação, dez pessoas estavam na sede da propriedade e elas teriam ficado isoladas no local, já que os indígenas teriam fechado a ponte de acesso à fazenda.
Conforme a Polícia Militar, cerca de 100 índios permaneceram na área, que tem cerca de dois mil hectares.
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