MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 30 de novembro de 2014

Donos deixam fazenda ocupada por indígenas em Aquidauana, MS


Área foi ocupada por índios terena na sexta no distrito de Taunay.
Grupo se comprometeu a não destruir sede, diz Polícia Militar.

Do G1 MS
Cerca de 300 indígenas ocupam fazenda em distrito de Aquidauana, MS (Foto: Divulgação/Polícia Militar)Indígenas ocupam fazenda em distrito de
Aquidauana (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Proprietários da fazenda Maria do Carmo, ocupada por indígenas desde sexta-feira (28), deixaram a sede da propriedade, no sábado (29), no distrito de Taunay, em Aquidauana, (MS), após reunião com representantes do Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e indígenas.

De acordo com o comandante do Batalhão da Polícia Militar (PM), Renato Tolentino, ficou acordado que os proprietários têm o prazo de cinco dias para retirar o gado da fazenda e os índios se comprometeram a não mexer na sede.
Valéria Saigale, filha da proprietária da fazenda Maria do Carmo, confirmou ao G1 que a irmã, que morava na fazenda, saiu do local por recomendação do procurador do MPF e por ameaças, e que deve retirar o gado no prazo de cinco dias. O advogado que representa a produtora informou que entrou com pedido de reintegração de posse na sexta-feira e aguarda decisão da Justiça.
O G1 entrou em contato com a coordenadora regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) no estado, Ana Beatriz Lisboa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Uma reunião entre representantes dos indígenas, policiais e promotores de Justiça está marcada para terça-feira (2) em Campo Grande.
Ocupação
Indígenas da etnia terena ocuparam a fazenda Maria do Carmo na madrugada de sexta-feira. Segundo Tolentino, o grupo é formado por mais de 100 indígenas, entre homens, mulheres, crianças e idosos, e está na entrada da propriedade.
Segundo informações do coordenador técnico da Funai em Aquidauana, João Valdir, moradores de sete aldeias do município participam da ocupação. Ele informou ao G1 que o grupo reivindica o reconhecimento da área como Terra Indígena.
Conforme a família dos proprietários da fazenda, no momento da ocupação, dez pessoas estavam na sede da propriedade e elas teriam ficado isoladas no local, já que os indígenas teriam fechado a ponte de acesso à fazenda.
Conforme a Polícia Militar, cerca de 100 índios permaneceram na área, que tem cerca de dois mil hectares.

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