MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Pacientes renais crônicos reclamam de transporte para fazer hemodiálise


Falta de combustível e problemas mecânicos são as queixas mais comuns.
Pacientes recorreram ao Ministério Público Federal para resolver o problema.

Do G1 AP, com informações da TV Amapá
Nefrologia de hospital do Amapá possui demanda de 200 pacientes diários (Foto: Abinoan Santiago/G1)Nefrologia de hospital do AP possui demanda de
200 pacientes por dia (Foto: Abinoan Santiago/G1)
Os pacientes renais crônicos que fazem tratamento na Unidade de Nefrologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL) voltaram a reclamar do transporte de pacientes. Falta de combustível e problemas mecânicos nos veículos são as queixas mais comuns. No dia 19 de novembro, o Ministério Público Federal (MPF) recebeu um pedido dos pacientes para que alguma providência seja tomada.
Cerca de 200 pacientes são atendidos diariamente no setor de tratamento de hemodiálise. Eles sofrem com mau funcionamento dos rins e precisam da máquina disponibilizada na Unidade para filtrar as toxinas do organismo. Para fazer o tratamento, muitos desses pacientes precisam utilizar o serviço de transporte oferecido pela Secretaria de Saúde do Estado.
De acordo com a Associação de Renais Crônicos e Transplantados do Amapá, dezenas de reclamações são feitas sobre a precariedade do serviço.
Pacientes reclamam de condições do transporte de pessoas até a Unidade de Nefrologia (Foto: Reprodução/TV Amapá)Pacientes reclamam de condições do transporte de
pessoas até a Unidade de Nefrologia
(Foto: Reprodução/TV Amapá)
"Antigamente, a Secretaria dava o combustível para a van e hoje não está oferecendo mais esse combustível. Então estamos tendo esse contratempo das vans. Tem dia que [o veículo] vem e dia que não vem", comenta o presidente da Associação, Ivanildo Souza.
O problema com transporte afeta ainda mais quem mora em outros municípios. De Santana, a 17 quilômetros da capital, por exemplo, são 50 pacientes atendidos na Unidade. Para eles é oferecida uma van com capacidade para 15 pessoas, mas que, muitas vezes, chega superlotada em Macapá.
"As vans estão mau tratadas pelo tempo. Teve vezes que já saiu o pneu. [...] Hoje cabem 15 pacientes sentados, mas está vindo mais de vinte [pessoas]", diz o aposentado Miguel Pinheiro. Ele acompanha a esposa no tratamento que ela faz há mais de um ano na Unidade. Eles moram em Santana e optam pelo transporte coletivo pela falta do serviço oferecido pela instituição de saúde.
"A pessoa que faz hemodiálise usa um cateter [tubo ligado à corrente sanguínea] e aquilo é um perigo de vida, porque, de repente no sufoco [do ônibus] ele sai da veia, a pessoa morre até chegar aqui", reclama Pinheiro.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), o serviço de transporte para a Unidade de Nefrologia do HCAL é de responsabilidade da cooperativa Covap, que tem contrato com o governo do estado; mas, os cooperados reclamam que o valor pago atualmente não cobre as despesas com os serviços. A Sesa diz que não pode fazer a reformulação do contrato, que ainda está em vigor.
Em dezembro de 2013, o MPF emitiu recomendação para a correção de mais de 40 problemas graves encontrados no Setor de Nefrologia do HCAL, após reclamações feitas por pacientes.

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