Falta de combustível e problemas mecânicos são as queixas mais comuns.
Pacientes recorreram ao Ministério Público Federal para resolver o problema.
Nefrologia de hospital do AP possui demanda de
200 pacientes por dia (Foto: Abinoan Santiago/G1)
Os pacientes renais crônicos que fazem tratamento na Unidade de
Nefrologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL) voltaram a
reclamar do transporte de pacientes. Falta de combustível e problemas
mecânicos nos veículos são as queixas mais comuns. No dia 19 de
novembro, o Ministério Público Federal (MPF) recebeu um pedido dos
pacientes para que alguma providência seja tomada.200 pacientes por dia (Foto: Abinoan Santiago/G1)
Cerca de 200 pacientes são atendidos diariamente no setor de tratamento de hemodiálise. Eles sofrem com mau funcionamento dos rins e precisam da máquina disponibilizada na Unidade para filtrar as toxinas do organismo. Para fazer o tratamento, muitos desses pacientes precisam utilizar o serviço de transporte oferecido pela Secretaria de Saúde do Estado.
De acordo com a Associação de Renais Crônicos e Transplantados do Amapá, dezenas de reclamações são feitas sobre a precariedade do serviço.
Pacientes reclamam de condições do transporte de
pessoas até a Unidade de Nefrologia
(Foto: Reprodução/TV Amapá)
"Antigamente, a Secretaria dava o combustível para a van e hoje não
está oferecendo mais esse combustível. Então estamos tendo esse
contratempo das vans. Tem dia que [o veículo] vem e dia que não vem",
comenta o presidente da Associação, Ivanildo Souza.pessoas até a Unidade de Nefrologia
(Foto: Reprodução/TV Amapá)
O problema com transporte afeta ainda mais quem mora em outros municípios. De Santana, a 17 quilômetros da capital, por exemplo, são 50 pacientes atendidos na Unidade. Para eles é oferecida uma van com capacidade para 15 pessoas, mas que, muitas vezes, chega superlotada em Macapá.
"As vans estão mau tratadas pelo tempo. Teve vezes que já saiu o pneu. [...] Hoje cabem 15 pacientes sentados, mas está vindo mais de vinte [pessoas]", diz o aposentado Miguel Pinheiro. Ele acompanha a esposa no tratamento que ela faz há mais de um ano na Unidade. Eles moram em Santana e optam pelo transporte coletivo pela falta do serviço oferecido pela instituição de saúde.
"A pessoa que faz hemodiálise usa um cateter [tubo ligado à corrente sanguínea] e aquilo é um perigo de vida, porque, de repente no sufoco [do ônibus] ele sai da veia, a pessoa morre até chegar aqui", reclama Pinheiro.
Em dezembro de 2013, o MPF emitiu recomendação para a correção de mais de 40 problemas graves encontrados no Setor de Nefrologia do HCAL, após reclamações feitas por pacientes.
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