por
Lilian Machado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A conjuntura dos últimos dias, mostrando o
crescimento da candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina
Silva, já começa a movimentar
o meio político, dando sinais de que alguns partidos já teriam a
socialista como alvo de apoio, em um eventual segundo turno entre ela e a
presidente Dilma Rousseff (PT).
Esse seria o caso do PMDB baiano, que volta à cena da
articulação nacional, sendo apontado como um dos setores passíveis de
fechar com a ex-senadora, numa segunda etapa do pleito. Mas, para os
peemedebistas baianos, o assunto não passa de especulação.
O argumento é de que há precipitação e que seria preciso esperar a configuração de um segundo turno para todos começarem a pensar na questão.
O líder do PMDB no estado
e candidato ao Senado na chapa da oposição baiana, Geddel Vieira Lima,
negou a especulação, ao declarar-se “pasmo” com as informações
veiculadas no jornal Estado de São Paulo.
“Isso é algo absolutamente inexistente. Minha postura é absolutamente
clara, de apoio a Aécio Neves. O segundo turno chega. Eu não tenho
porta-voz e não autorizei ninguém a falar sobre isso. Trata-se de um
devaneio”, disparou.
Segundo ele, o tema será tratado em um momento oportuno.
“Apesar de ter todo o carinho e respeito pela Marina Silva, de quem eu
fui colega no Ministério, essa questão não procede, não tem fundamento”.
Geddel também restringe as consequências do crescimento da candidata do
PSB nas eleições baianas. “Isso é uma coisa dela. Não acho que tenha
impacto”, disse.
Ex-dirigente do partido no estado, o seu irmão, deputado
federal Lúcio Vieira Lima também afastou, por enquanto, as negociações
com os socialistas nacionais em apoio a Marina.
O peemedebista classificou como especulações as
conversas. “São questões que só trataremos no segundo turno e isso ainda
se houver segundo turno. Não existe isso. Estamos firmes com Aécio
Neves, na coligação com o DEM e o PSDB”, enfatizou.
Questionado sobre o porquê da perspectiva desse cenário,
Lúcio frisou a relevância do PMDB no jogo eleitoral, como a principal
causa da especulação. “Isso se dá por causa da importância do PMDB. Toda
vez é assim, as atenções se voltam para o partido, mas não passa de
fofoca”, disse.
Estaria em jogo a influência de Geddel, que lidera um
novo pensamento dentro do PMDB, antes mesmo de a maioria dos
peemedebistas decidirem em continuar a aliança com o PT, sendo Michel
Temer o atual vice-presidente da República, novamente definido como vice
na chapa eleitoral petista.
O baiano estava entre aqueles que discordavam claramente
com a permanência do partido na base do PT. Ele foi ministro do governo
Lula.
Atualmente Geddel e sua corrente de aliados baianos apoiam o senador mineiro, Aécio Neves (PSDB), na corrida à Presidência.Nos bastidores se especulou o fato de ele ser um dos supostos articuladores para que um grande número de peemedebistas pudesse marchar com Marina, o que dividiria mais uma vez o PMDB em dois polos no campo nacional, no hipotético segundo turno.
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