terça-feira, 2 de setembro de 2014

PMDB baiano nega "namoro" com Marina Silva e reafirma apoio a Aécio


por
Lilian Machado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A conjuntura dos últimos dias, mostrando o crescimento da candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, já começa a movimentar o meio político, dando sinais de que alguns partidos já teriam a socialista como alvo de apoio, em um eventual segundo turno entre ela e a presidente Dilma Rousseff (PT).
Esse seria o caso do PMDB baiano, que volta à cena da articulação nacional, sendo apontado como um dos setores passíveis de fechar com a ex-senadora, numa segunda etapa do pleito. Mas, para os peemedebistas baianos, o assunto não passa de especulação.
O argumento é de que há precipitação e que seria preciso esperar a configuração de um segundo turno para todos começarem a pensar na questão.
O líder do PMDB no estado e candidato ao Senado na chapa da oposição baiana, Geddel Vieira Lima, negou a especulação, ao declarar-se “pasmo” com as informações veiculadas no jornal Estado de São Paulo. “Isso é algo absolutamente inexistente. Minha postura é absolutamente clara, de apoio a Aécio Neves. O segundo turno chega. Eu não tenho porta-voz e não autorizei ninguém a falar sobre isso. Trata-se de um devaneio”, disparou.
Segundo ele, o tema será tratado em um momento oportuno. “Apesar de ter todo o carinho e respeito pela Marina Silva, de quem eu fui colega no Ministério, essa questão não procede, não tem fundamento”. Geddel também restringe as consequências do crescimento da candidata do PSB nas eleições baianas. “Isso é uma coisa dela. Não acho que tenha impacto”, disse.
Ex-dirigente do partido no estado, o seu irmão, deputado federal Lúcio Vieira Lima também afastou, por enquanto, as negociações com os socialistas nacionais em apoio a Marina.
O peemedebista classificou como especulações as conversas. “São questões que só trataremos no segundo turno e isso ainda se houver segundo turno. Não existe isso. Estamos firmes com Aécio Neves, na coligação com o DEM e o PSDB”, enfatizou.
Questionado sobre o porquê da perspectiva desse cenário, Lúcio frisou a relevância do PMDB no jogo eleitoral, como a principal causa da especulação. “Isso se dá por causa da importância do PMDB. Toda vez é assim, as atenções se voltam para o partido, mas não passa de fofoca”, disse.
Estaria em jogo a influência de Geddel, que lidera um novo pensamento dentro do PMDB, antes mesmo de a maioria dos peemedebistas decidirem em continuar a aliança com o PT, sendo Michel Temer o atual vice-presidente da República, novamente definido como vice na chapa eleitoral petista.
O baiano estava entre aqueles que discordavam claramente com a permanência do partido na base do PT. Ele foi ministro do governo Lula.
Atualmente Geddel e sua corrente de aliados baianos apoiam o senador mineiro, Aécio Neves (PSDB), na corrida à Presidência.
Nos bastidores se especulou o fato de ele ser um dos supostos articuladores para que um grande número de peemedebistas pudesse marchar com Marina, o que dividiria mais uma vez o PMDB em dois polos no campo nacional, no hipotético segundo turno.

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