Colunista americana abre guerra contra a Copa: 'Futebol é declínio moral'
Que essa Copa do Mundo vem gerando um grande
interesse nos EUA já não é novidade. O país, onde o futebol costuma
ficar em segundo plano em relação a outros esportes como futebol
americano, beisebol e basquete, tem assistido sua seleção nacional como
nunca. Mas nem todos aprovam a recente onda de interesse no esporte.
Para a comentarista política Ann Coulter o interesse no futebol, um
"esporte estrangeiro", deve ser visto como "um sinal do declínio moral
da nação".
A colunista, que faz parte de uma ala da direita
mais radical, usou sua coluna para fazer duras críticas ao esporte. Ela
chega a dizer que o futebol não pode ser considerado um esporte
verdadeiro por não permitir uso das mãos e terminar muitas vezes em
empate sem gols. Diz ainda que é uma moda estrangeira, trazida por
imigrantes, e que "nenhum americano cujos bisavós nasceram no país está
assistindo ao futebol". "Só podemos ter esperança de que, além de
aprender inglês, esses novos americanos deixem seu fetiche por futebol
com o tempo".
Para Coulter, ainda, o futebol não tem "glória
individual". "A culpa é compartilhada e quase ninguém marca pontos. Não
há heróis, não há perdedores (...) Todo mundo corre para frente e pra
trás no campo e, eventualmente, uma bola entra no gol", diz,
classificando o esporte de entediante. "Se Michael Jackson tivesse
tratado sua insônia crônica com um VT de Brasil x Argentina, ele ainda
estaria vivo, embora entediado".
Coulter defende também que a cobertura da mídia
americana sobre a Copa tem exagerado ao dizer que o esporte tem ficado
mais popular. "As mesmas pessoas tentando empurrar futebol na garganta
dos americanos são as que dizem que devemos gostar da série Girls, de
bondinhos, de Beyoncé e Hillary Clinton. O número de reportagens do New York Times alegando que futebol está 'em alta' só é menor do que aqueles fingindo que basquete feminino é fascinante".
A coluna foi publicada antes da partida entre EUA e
Alemanha que, mesmo com a derrota, classificou os americanos para as
oitavas de final da Copa. Segundo a ESPN, a partida da seleção contra
Portugal, na rodada anterior, teve mais de 18 milhões de telespectadores
nos EUA, um recorde.
Críticas
A coluna recebeu respostas. A analista da Forbes Maury Brown escreveu uma coluna com o título "Como Ann Coulter perdeu a cabeça por causa da Copa do Mundo". Já Dan Hancox, do britânico The Guardian, criticou os motivos elencados por Coulter para não gostar de futebol. "Suas razões para odiar o futebol são muitas e hilárias, principalmente: o popular jogo da bola redonda parece mostrar todos os indicadores de socialismo. O New York Times gosta dele. É estrangeiro. Estrangeiros gostam dele. Obama gosta dele. Para conservadores como Coulter, as guerras culturais nunca param".
A coluna recebeu respostas. A analista da Forbes Maury Brown escreveu uma coluna com o título "Como Ann Coulter perdeu a cabeça por causa da Copa do Mundo". Já Dan Hancox, do britânico The Guardian, criticou os motivos elencados por Coulter para não gostar de futebol. "Suas razões para odiar o futebol são muitas e hilárias, principalmente: o popular jogo da bola redonda parece mostrar todos os indicadores de socialismo. O New York Times gosta dele. É estrangeiro. Estrangeiros gostam dele. Obama gosta dele. Para conservadores como Coulter, as guerras culturais nunca param".
Torcida durante jogo dos EUA contra Gana na primeira fase (Foto: AFP)
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