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Portal Brasil
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: SXC/Creative Commons
A tarifa variou de R$ 0,41 para um valor de R$ 0,15 no período
Segundo Bernardo, a redução é resultado de políticas públicas de incentivo ao investimento no setor de telecomunicações e ações para a melhoria dos serviços, como ampliação da cobertura e expansão da rede, estímulo à competição e fiscalização da qualidade da internet.
O ministro destacou que o Brasil é pioneiro no acompanhamento da qualidade da internet oferecida aos usuários por meio do Programa de Medição da Qualidade da Banda Larga Fixa e Móvel, da Anatel, a agência reguladora do setor. Acrescentou que os Estados Unidos e a Europa começam agora a montar seus programas de aferição da qualidade e velocidade da internet.
Velocidade
Bernardo apresentou aos parlamentares da comissão gráfico com os percentuais estabelecidos no Regulamento de Gestão da Qualidade da Banda Larga. As operadoras deveriam entregar ao usuário, no primeiro ano de vigência da norma, 20% da velocidade instantânea contratada, passando para 30% no segundo ano, e 40% no terceiro ano, além de 60%, 70% e 80% da velocidade média, respectivamente.
Bernardo adiantou que o Regulamento Geral dos Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações, que entra em vigor no próximo dia 8 de julho deste ano, vai trazer mais transparência para o usuário. Está previsto, por exemplo, que antes de formalizar a contratação de qualquer serviço, as operadoras deverão apresentar ao potencial cliente, de forma clara e organizada, as informações sobre as ofertas e os pacotes promocionais que passam a valer igualmente para clientes novos e antigos.
Carga tributária
Bernardo reforçou a necessidade de se discutir a composição tributária para o setor de telecomunicações. Citou como exemplo uma fatura de R$ 100, em que um terço é formado por imposto, com maior peso do ICMS, de competência estadual. Segundo o ministro, o serviço seria ampliado com mais consumidores entrando no mercado, o que compensaria a redução do ICMS.
O ministro das Comunicações anunciou que fará, junto com o presidente da Anatel, João Rezende, um road show pelos Estados Unidos e Europa para apresentar às grandes operadoras estrangeiras as regras do leilão da faixa de 700 MHz, as condições de funcionamento do mercado brasileiro, seu potencial de crescimento e a ascendente demanda no país por serviços de telecomunicações, principalmente móvel.
"Seria interessante preservar a concorrência. Achamos que é importante que as regras do leilão facilitem a entrada de novos players no mercado brasileiro de telecomunicações, mas se isso vai acontecer, só o tempo dirá". Segundo Bernardo, no leilão anterior, da faixa de 2,5 GHz (em que funciona atualmente a tecnologia 4G no Brasil), várias empresas estrangeiras participaram da fase preparatória, mas "aparentemente" não tiveram fôlego para participar, talvez, segundo o ministro, "em vista das obrigações determinadas neste leilão de atendimento à área rural".
"Neste novo leilão, o assunto já está resolvido. Então, as condições são mais propícias para as empresas participarem. Achamos importante preservar e ampliar a concorrência e a competição do setor. É interesse do governo", destacou Paulo Bernardo.
Bernardo esclareceu que o edital conterá cláusula que determina o pagamento de indenização para a limpeza da faixa, atualmente ocupada pelo setor de radiodifusão. Não quis adiantar o valor, mas afirmou que estará colocado no edital "de forma explícita", e a empresa que participar terá que pagar o valor da indenização acrescido do preço da faixa, que, segundo adiantou, ficará entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões.
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