Rúbio Marra/Divulgação
Tecnologia – A engenharia genética é uma das marcas dos animais expostos na Expozebu
Cerca de R$ 150 milhões deverão ser movimentados durante a 80ª edição
da Expozebu, feira agropecuária que acontece deste sábado (3) até o
próximo sábado, em Uberaba, no Triângulo mineiro. Apenas nos leilões –
serão 36, ao todo –, a expectativa é de que haja um giro de R$ 50
milhões.
Durante os oito dias de evento, são esperadas cerca de 300 mil pessoas, inclusive de outros 30 países.
“A agropecuária vive um período bom. Estamos em um momento festivo, que
acaba contagiando os ânimos, por isso, deveremos ter resultados
melhores nos negócios, na comparação com o ano passado”, afirma o
superintendente de Marketing da Associação Brasileira dos Criadores de
Zebu (ABCZ), responsável pela realização da feira, Juan Carlos Lebron
Casamada.
Destaques
Dentre os produtos leiloados, estarão embriões e sêmen de touros de
elite, considerados de boa qualidade genética. De acordo com Casamada, o
evento vem prestigiando cada vez mais “tudo aquilo que está ligado ao
setor”. “Não tenho dúvidas de que o melhoramento genético está ganhando
força. A evolução tecnológica em torno desse assunto é muito forte, tem
ganhado velocidade e, com ela, o nível médio de qualidade está
elevando-se”, diz o superintendente.
Novidades
Neste ano, os visitantes da feira poderão participar, também, da
Expozebu Dinâmica, um espaço reservado, voltado para empresas dos
setores de máquinas, equipamentos, insumos, tecnologias e serviços
aplicados à agropecuária, no qual serão apresentadas novidades do
mercado.
No local, representantes de grandes marcas vão apresentar produtos como
ensiladeiras, enfardadoras, plantadoras, semeadoras, carretas, vagões
forrageiros.
Em 2013, a movimentação financeira total da feira foi de,
aproximadamente, R$ 150 milhões. Nos leilões, foram feitos 40 arremates,
nos quais 1.300 lotes foram vendidos; o mais caro deles custou R$ 1,2
milhão.
Estado é o maior produtor de leite do país
Atualmente, Minas Gerais é considerado o maior Estado produtor de leite
(35 bilhões de litros anuais) e o terceiro em produção de carne bovina
(um milhão de toneladas por ano), com 25 milhões de cabeças de gado.
Desse total, cerca de 10 milhões são fêmeas em idade de reprodução e 330
mil são touros.
Mas, de acordo com o coordenador do Programa de Melhoria da Qualidade
Genética do Rebanho Bovino do Estado de Minas Gerais (Pró-Genética) da
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas
Gerais (Emater-MG), José Alberto de Ávila, nem todos podem ser
considerados “padrão Expozebu”.
Por isso, Minas vem investindo em melhoramento genético, na tentativa
de levar até os criadores de rebanhos comerciais a possibilidade de
trabalhar com animais melhores. “Isso melhora a renda do produtor e
oferece um produto de melhor qualidade para o consumidor final. A partir
do momento que o produtor tomar consciência da importância da genética,
ele não precisará comprar em feiras, mas diretamente nas fazendas”, diz
Ávila.
Segundo ele, um tourinho (embrião geneticamente melhorado) filho de um
campeão custa, em média, R$ 5 mil, o que torna a tecnologia ainda
inacessível para muitos criadores. “Em Minas, o esforço que fazemos
ainda é pequeno. Por ano, são vendidos cerca de 2 mil tourinhos. Isso em
330 mil é um pingo d’água ainda, mas o esforço tem que ser esse mesmo”,
afirma.
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