por
Lílian Machado
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Adversários da presidente Dilma, o mineiro e o pernambucano já demonstraram afinidades sobre o assunto da reforma política e o pacto federativo. Ontem, para um público selecionado, a maioria de empresários, eles miraram na política micro e macroeconômica da gestão petista nos últimos anos.
Pré-candidatos miram reforma na política
O pré-candidato Aécio Neves destacou, na área política, a necessidade de acabar com a reeleição, criada no governo de seu correligionário, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Sobre o assunto, ele acentuou em sua fala uma declaração do ex-presidente Lula. “Vou parodiar o presidente Lula e dizer que prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.” Lula usou parte da música de Raul Seixas em 2007 para explicar as mudanças em alguns posicionamentos do PT.
O tucano, que volta à Bahia no dia 12, atacou a “escorchante carga tributária e disparou: “Tenho divergências profundas com os que estão no poder”. Em sua fala, Eduardo Campos recorreu inicialmente ao poema Tempo de Travessia, de Fernando Pessoa. “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares”, recitou. Em seguida completou: “O Brasil não pode ficar à margem de nós mesmos e, para isso, precisa da nossa atitude e do nosso propósito”, afirmou, atribuindo o poema à necessidade de mudança na forma de fazer política.
Além de criticar indiretamente a política atual e condenar o aumento da inflação, Campos tentou atrair, lembrando de realizações no governo de Pernambuco. Ele disse ter criado o maior projeto educacional do País ao colocar crianças em tempo integral nas escolas.
“Emprestamos agora alguns bilhões às distribuidoras de energia, mas colocamos apenas R$ 12 bilhões na educação básica em todo o Fundeb”, apontou. “Prioridade não se dá só no discurso”, frisou.
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