Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
A temporada do Verão é conhecida pelas praias, muito calor, paisagens bonitas
e dias mais longos. Em Salvador, esse clima tem ainda um diferencial, com
atrações praticamente todos os dias através da mistura de eventos privados – os
chamados ensaios de Verão, utilizados como prévia do Carnaval – e as
tradicionais festas de largo. É o famoso ciclo de comemorações animadas que
começou no período colonial, se ampliou durante o Império, e agora se ajusta
cada vez mais à cidade moderna.
O ciclo de Festas de Largo é mais amplo do que a temporada oficial do Verão. Afinal, a primeira festa de destaque é a Festa de Santa Bárbara, no dia 4 de dezembro, que, como em todos os festejos do ciclo, é uma combinação de religiosidade católica com rituais de origem afro-brasileira. Sendo assim, é também a homenagem à orixá Iansã, para os adeptos do candomblé. As roupas de cor vermelha, combinadas a detalhes brancos, são usadas como símbolo de veneração à entidade de matriz africana.
O início da Festa de Santa Bárbara é na Igreja de Nossa Senhora dos Pretos, que possui o templo em estilo rococó e cuja fachada azul se tornou referência para a ambientação do Pelourinho, no Centro Histórico da capital baiana. A combinação entre as duas religiões é antiga no templo, a ponto de se usar instrumentos do candomblé em alguns cânticos na celebração da missa. Nos festejos à Santa Bárbara, há celebração, seguida de procissão pelas ruas do bairro antigo. A multidão, animada, segue cantando e dançando até a Rua José Joaquim Seabra, a famosa Baixa dos Sapateiros, com saudação no Quartel do Corpo de Bombeiros, corporação que tem a santa como padroeira.
Salvador já comemorou também nesta temporada de 2013/2014 outras duas festas. Considerada a padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia é celebrada sempre no dia 8 de dezembro, com festejos realizados na região do Comércio. Já Santa Luzia, venerada pelos fiéis como a protetora dos olhos, tem o dia 13 de dezembro totalmente dedicado a ela. A festa é realizada também na Cidade Baixa, porém no Pilar, na parte mais antiga, onde o fica o templo dedicado à santa. Ao lado da igreja, um antigo cemitério com arquitetura neoclássica e colunas greco-romanas forma um conjunto especial.
Próximas celebrações
Com a cidade decorada e iluminada para o período natalino e as comemorações tradicionais acontecendo em vários bairros e em paralelo, também o calendário de festas de largo se consolida com os eventos de maior repercussão nacional. Para atender ao movimento e demanda de serviços, além da Semop, a Prefeitura de Salvador também mobiliza a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), além das superintendências de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) e de Segurança Urbana e Prevenção à Violência (Susprev), que é acionada através da Guarda Municipal.
Famosa no Brasil inteiro, a Festa da Boa Viagem que acontece em torno da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, templo que completa em 2014 seus 300 anos de história, tem animação e sutilezas. Começa com uma procissão terrestre, dia 31 de dezembro, para levar a imagem do Senhor dos Navegantes até à Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio. A apoteose acontece no mar da Baía de Todos-os-Santos, dia 1º de janeiro, com a procissão de Nosso Senhor dos Navegantes. Uma galeota do século XIX, em estilo neoclássico, lidera o cortejo com 400 embarcações até a enseada da Boa Viagem.
Seguindo tradições portuguesas, a Festa dos Santos Reis acontece entre os dias 3 e 6 de janeiro, como uma sutil interpretação dos reisados no Largo da Lapinha. Cortejos de ternos de reis desfilam pelas ruas dos bairros Liberdade, Soledade e Lapinha, e completam a participação com danças e rituais em frente ao templo de fachada bizantina, um estilo raro na Bahia. Na segunda quinta-feira após a festa da Lapinha, Salvador faz a Lavagem do Bonfim, com um cortejo que chega a reunir quase 1 milhão de pessoas.
Programação do show business
A comemoração ao Senhor do Bomfim se estende por oito quilômetros entre o Comércio, antigo centro financeiro na região portuária, e a famosa colina da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim. É a festa baiana com inspiração religiosa que tem a maior repercussão internacional. O cortejo para a Lavagem do Bonfim é tão concorrido que para disciplinar foi proibida a participação dos trios elétricos, tradicionais animadores do Carnaval. Em compensação o experiente show business baiano programa concorridas festas no entorno do cortejo, oferecendo até bem equipados e exclusivos camarotes para moradores, turistas e o chamado jet-set que escolhe a cidade como point no verão.
Com a mesma participação popular, e também intenso o apelo para comemorações exclusivas em eventos paralelos, é a Festa de Iemanjá no dia 2 de fevereiro, no Rio Vermelho. É o bairro elegante e boêmio, com bares, bistrôs e concentração de hotéis, que atrai público de variados padrões culturais para a festa. O centro das atenções é o ritual de entrega de presentes a Iemanjá. Os participantes depositam oferendas em balaios especiais que a organização da festa conduz ao mar para depositar em meio às ondas.
É costume tradicional fazer a observação da praia do Rio Vermelho, no dia seguinte. Se os presentes aparecerem de volta na areia, os pedidos a Iemanjá não foram aceitos. Ainda na orla, o calendário de festas de largo inclui rituais e festas em torno das igrejas de Nossa Senhora da Luz, ou Festa da Pituba, e de Nossa Senhora da Conceição, em Itapuã.
O ciclo de Festas de Largo é mais amplo do que a temporada oficial do Verão. Afinal, a primeira festa de destaque é a Festa de Santa Bárbara, no dia 4 de dezembro, que, como em todos os festejos do ciclo, é uma combinação de religiosidade católica com rituais de origem afro-brasileira. Sendo assim, é também a homenagem à orixá Iansã, para os adeptos do candomblé. As roupas de cor vermelha, combinadas a detalhes brancos, são usadas como símbolo de veneração à entidade de matriz africana.
O início da Festa de Santa Bárbara é na Igreja de Nossa Senhora dos Pretos, que possui o templo em estilo rococó e cuja fachada azul se tornou referência para a ambientação do Pelourinho, no Centro Histórico da capital baiana. A combinação entre as duas religiões é antiga no templo, a ponto de se usar instrumentos do candomblé em alguns cânticos na celebração da missa. Nos festejos à Santa Bárbara, há celebração, seguida de procissão pelas ruas do bairro antigo. A multidão, animada, segue cantando e dançando até a Rua José Joaquim Seabra, a famosa Baixa dos Sapateiros, com saudação no Quartel do Corpo de Bombeiros, corporação que tem a santa como padroeira.
Salvador já comemorou também nesta temporada de 2013/2014 outras duas festas. Considerada a padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia é celebrada sempre no dia 8 de dezembro, com festejos realizados na região do Comércio. Já Santa Luzia, venerada pelos fiéis como a protetora dos olhos, tem o dia 13 de dezembro totalmente dedicado a ela. A festa é realizada também na Cidade Baixa, porém no Pilar, na parte mais antiga, onde o fica o templo dedicado à santa. Ao lado da igreja, um antigo cemitério com arquitetura neoclássica e colunas greco-romanas forma um conjunto especial.
Próximas celebrações
Com a cidade decorada e iluminada para o período natalino e as comemorações tradicionais acontecendo em vários bairros e em paralelo, também o calendário de festas de largo se consolida com os eventos de maior repercussão nacional. Para atender ao movimento e demanda de serviços, além da Semop, a Prefeitura de Salvador também mobiliza a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb), além das superintendências de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) e de Segurança Urbana e Prevenção à Violência (Susprev), que é acionada através da Guarda Municipal.
Famosa no Brasil inteiro, a Festa da Boa Viagem que acontece em torno da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, templo que completa em 2014 seus 300 anos de história, tem animação e sutilezas. Começa com uma procissão terrestre, dia 31 de dezembro, para levar a imagem do Senhor dos Navegantes até à Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio. A apoteose acontece no mar da Baía de Todos-os-Santos, dia 1º de janeiro, com a procissão de Nosso Senhor dos Navegantes. Uma galeota do século XIX, em estilo neoclássico, lidera o cortejo com 400 embarcações até a enseada da Boa Viagem.
Seguindo tradições portuguesas, a Festa dos Santos Reis acontece entre os dias 3 e 6 de janeiro, como uma sutil interpretação dos reisados no Largo da Lapinha. Cortejos de ternos de reis desfilam pelas ruas dos bairros Liberdade, Soledade e Lapinha, e completam a participação com danças e rituais em frente ao templo de fachada bizantina, um estilo raro na Bahia. Na segunda quinta-feira após a festa da Lapinha, Salvador faz a Lavagem do Bonfim, com um cortejo que chega a reunir quase 1 milhão de pessoas.
Programação do show business
A comemoração ao Senhor do Bomfim se estende por oito quilômetros entre o Comércio, antigo centro financeiro na região portuária, e a famosa colina da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim. É a festa baiana com inspiração religiosa que tem a maior repercussão internacional. O cortejo para a Lavagem do Bonfim é tão concorrido que para disciplinar foi proibida a participação dos trios elétricos, tradicionais animadores do Carnaval. Em compensação o experiente show business baiano programa concorridas festas no entorno do cortejo, oferecendo até bem equipados e exclusivos camarotes para moradores, turistas e o chamado jet-set que escolhe a cidade como point no verão.
Com a mesma participação popular, e também intenso o apelo para comemorações exclusivas em eventos paralelos, é a Festa de Iemanjá no dia 2 de fevereiro, no Rio Vermelho. É o bairro elegante e boêmio, com bares, bistrôs e concentração de hotéis, que atrai público de variados padrões culturais para a festa. O centro das atenções é o ritual de entrega de presentes a Iemanjá. Os participantes depositam oferendas em balaios especiais que a organização da festa conduz ao mar para depositar em meio às ondas.
É costume tradicional fazer a observação da praia do Rio Vermelho, no dia seguinte. Se os presentes aparecerem de volta na areia, os pedidos a Iemanjá não foram aceitos. Ainda na orla, o calendário de festas de largo inclui rituais e festas em torno das igrejas de Nossa Senhora da Luz, ou Festa da Pituba, e de Nossa Senhora da Conceição, em Itapuã.
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