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sábado, 26 de outubro de 2013

Vandalismo no Centro deixou 100 mil passageiros sem ônibus, diz SPTrans


Terminal Parque Dom Pedro II ficou fechado por duas horas, disse gerente.
Estimativa é que 300 ônibus de 45 linhas deixaram de funcionar em SP.

Kleber Tomaz Do G1 São Paulo

Manifestantes colocaram fogo em ônibus durante protesto em SP (Foto: Nelson Almeida/AFP)Manifestantes colocaram fogo em ônibus durante protesto em SP (Foto: Nelson Almeida/AFP)
Os atos de vandalismo de sexta-feira (25) no Terminal de Ônibus Parque Dom Pedro II, no Centro de São Paulo, obrigou o fechamento do local por cerca de 2 horas prejudicando mais de 100 mil passageiros, segundo estimativa da São Paulo Transporte (SPTrans). A Polícia Militar interveio e deteve mais de 90 pessoas por suspeita de depredação do patrimônio público.

“Mais de 100 mil passageiros deixaram de ser atendidos durante as duas horas em que o terminal deixou de funcionar por questões de segurança”, disse neste sábado (26) ao G1 Valdir Cardoso Neves, gerente de operações da área Leste da SPTrans. “Em torno de 300 ônibus deixaram de circular no período, afetando 45 linhas que poderiam estar trabalhando pegando passageiros no terminal e fora dele”, completou.

A SPTrans é responsável pelo sistema de ônibus na cidade de São Paulo. De acordo com o gerente, o prejuízo financeiro ainda está sendo calculado, mas já é possível ter uma dimensão do que foi danificado pelos vândalos mascarados que se infiltraram no protesto pacífico do Movimento Passe Livre (MPL) pela tarifa zero nos transportes públicos.
Balanço parcial da SPTrans mostra que um ônibus foi incendiado, dez ônibus tiveram os vidros quebrados e 35 veículos foram pichados. Além disso, foram destruídos: seis totens de carregamento de carga de Bilhete Único, dez catracas, quatro câmeras de segurança, 20 vidros de escadas, 15 caixas eletrônicos, seis quiosques de alimentação, e um semáforo do lado de fora do terminal. Um dos quiosques ainda teve R$ 1,5 mil roubados.

Imagens de outras câmeras que gravaram os atos de vandalismo serão disponibilizadas pela SPTrans para a Polícia Civil tentar identificar os demais agressores que depredaram o terminal. A empresa registrou boletim de ocorrência de depredação do patrimônio público.
“É lamentável que um grupo de vândalos prejudique tantas pessoas que deixaram de ser atendidas e outros ônibus que deixaram de entrar no terminal. Isso gera um efeito cascata na demora do atendimento”, disse Neves. “Imagine quantos trabalhadores deixaram de voltar para casa no horário de descanso deles e dar um beijo de boa noite nos filhos antes de acordar no dia seguinte para voltar ao trabalho. Alguns ônibus realizariam até três viagens. Tenho uma única linha, por exemplo, que realiza transporte de 30 mil pessoas num dia.”
Tumulto
O tumulto que envolveu mascarados e policiais militares começou no início da noite de sexta, após uma passeata pacífica convocada pelo MPL que percorreu ruas da região central de São Paulo. Um grupo colocou fogo em um ônibus e destruiu os vidros de outros veículos. Vários coletivos foram pichados e grades e bilheterias, quebradas.
Agência do banco Safra, da Rua Boavista, no Centro, teve as vidraças quebradas por vândalos (Foto: Marcelo Mora/G1)Agência do Safra da Rua Boavista no Centro teve
as vidraças quebradas (Foto: Marcelo Mora/G1)
Na região da Rua 25 de Março, portas de todas as lojas foram amassadas na Ladeira General Carneiro com a Praça Manoel da Nóbrega. Na loja Ibis, os vidros quebrados e paredes pichadas. Agências bancárias, como Santander, HSBC, Bradesco, Itaú e Safra, além da Defensoria Pública e Edifício Cidades também tiveram os vidros quebrados.

Na Rua Álvares Penteado, foram quebrados os vidros da Subprefeitura Sé e do Magazine Luiza. Na Rua Rangel Pestana, o banco Santander também teve os vidros quebrados. A AES Eletropaulo, na Rua Tabatinguera, foi pichada. Diversas lixeiras e orelhões foram destruídos.

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