Terminal Parque Dom Pedro II ficou fechado por duas horas, disse gerente.
Estimativa é que 300 ônibus de 45 linhas deixaram de funcionar em SP.
Manifestantes colocaram fogo em ônibus durante protesto em SP (Foto: Nelson Almeida/AFP)
“Mais de 100 mil passageiros deixaram de ser atendidos durante as duas horas em que o terminal deixou de funcionar por questões de segurança”, disse neste sábado (26) ao G1 Valdir Cardoso Neves, gerente de operações da área Leste da SPTrans. “Em torno de 300 ônibus deixaram de circular no período, afetando 45 linhas que poderiam estar trabalhando pegando passageiros no terminal e fora dele”, completou.
A SPTrans é responsável pelo sistema de ônibus na cidade de São Paulo. De acordo com o gerente, o prejuízo financeiro ainda está sendo calculado, mas já é possível ter uma dimensão do que foi danificado pelos vândalos mascarados que se infiltraram no protesto pacífico do Movimento Passe Livre (MPL) pela tarifa zero nos transportes públicos.
Imagens de outras câmeras que gravaram os atos de vandalismo serão disponibilizadas pela SPTrans para a Polícia Civil tentar identificar os demais agressores que depredaram o terminal. A empresa registrou boletim de ocorrência de depredação do patrimônio público.
Tumulto
O tumulto que envolveu mascarados e policiais militares começou no início da noite de sexta, após uma passeata pacífica convocada pelo MPL que percorreu ruas da região central de São Paulo. Um grupo colocou fogo em um ônibus e destruiu os vidros de outros veículos. Vários coletivos foram pichados e grades e bilheterias, quebradas.
Agência do Safra da Rua Boavista no Centro teve
as vidraças quebradas (Foto: Marcelo Mora/G1)
Na região da Rua 25 de Março, portas de todas as lojas foram amassadas
na Ladeira General Carneiro com a Praça Manoel da Nóbrega. Na loja Ibis,
os vidros quebrados e paredes pichadas. Agências bancárias, como
Santander, HSBC, Bradesco, Itaú e Safra, além da Defensoria Pública e
Edifício Cidades também tiveram os vidros quebrados.as vidraças quebradas (Foto: Marcelo Mora/G1)
Na Rua Álvares Penteado, foram quebrados os vidros da Subprefeitura Sé e do Magazine Luiza. Na Rua Rangel Pestana, o banco Santander também teve os vidros quebrados. A AES Eletropaulo, na Rua Tabatinguera, foi pichada. Diversas lixeiras e orelhões foram destruídos.
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