MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

'Não tem pediatra na UPA da zona Leste', afirma diretora clínica, em RO


Documento sobre problema foi entregue ao MP e Cremero, em Porto Velho.
Protestos são constantes na unidade de pronto atendimento.

Marcos Paulo Do G1 RO
Imagens cedidas ao G1 mostram protesto ocorrido na última segunda (28) em frente a UPA da zona Leste (Foto: Reprodução/Cinegrafista amador)Imagens cedidas ao G1 mostram protesto ocorrido na última segunda (28) em frente a UPA da zona Leste (Foto: Reprodução/Cinegrafista amador)
A diretora clínica Daniele Mattos Passu afirmou nesta quarta-feira (30) que não há nenhum pediatra para atender na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Leste, em Porto Velho. “Entregamos documento ontem [terça-feira (29)] ao Ministério Público Estadual e Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero) porque se acontecer alguma coisa mais grave na unidade não será nossa responsabilidade”, alertou. Na segunda-feira (28) manifestantes colocaram fogo em frente à unidade, protestando contra a falta de médicos.
Segundo Daniele, a UPA trabalha com quantidade de profissionais reduzida, não somente médicos, mas enfermeiros, técnicos e procedimentos laboratoriais. Atualmente são 26 médicos, quando o número de profissionais deveria ser de 39 para fazer revezamento dos plantões de seis e doze horas. Apenas um faz plantão de 24 horas, diz ela. “A prefeitura sabe disso desde o início do ano”, argumenta. “Eu mesma já tive que aplicar medicação porque não tinha um enfermeiro”, denuncia.
Os recentes episódios envolvendo a unidade fizeram com que um médico pedisse demissão há uma semana e o efeito pode ser cascata, de acordo com a diretora clínica. “Três estão cogitando sair também. A maioria não aguenta. Dois já levaram socos recentemente, outros dois tiveram seus carros furtados no estacionamento. Xingamento é praxe”, desabafa.
Na segunda-feira (28) houve protesto e  pacientes atearam fogo em pneus em frente a UPA. Vídeos gravados pelos pacientes mostram a parte interna da unidade. “Ouvi dizer que existe infiltração, mas não posso afirmar do que se trata”, explica a diretora clínica.
Imagens mostram corredores vazios da unidade com funcionários revoltados com a estrutura oferecida pelo município. “Isso é fezes e xixi escorrendo pela parede”, disse uma funcionária sem se identificar. 
“O único modo que nós temos para chamar a atenção da sociedade é fazendo reivindicação", conclui um dos manifestantes, que não quis se identificar.

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