Projeto é desenvolvido por alunos do 1º ao 9º ano em escola de Cacoal.
Objetivo é evitar o uso de agrotóxicos na produção agrícola.
Projeto é desenvolvido por alunos do 1º ao 9º ano em escola de Cacoal (Foto: Fernanda Bonilha/G1)
O projeto 'Biofertilizantes e Biodefensivos: Saúde para o Homem e para a Natureza', da Escola Municipal Maria Montessori de Cacoal,
RO, foi escolhido para a etapa regional da IV Conferência Estadual
Infanto Juvenil, que acontecerá de 4 a 6 de novembro em Porto Velho. A
estudante Melissa Jaskiu dos Santos, de 12 anos, irá representar a
escola e foi uma das idealizadoras do projeto. “Nós percebemos na
comunidade escolar que hoje em dia estão ocorrendo muitos problemas com a
poluição do ar, da água e da terra devido o uso de agrotóxicos, então
resolvemos desenvolver um projeto para mudar essa situação no nosso
município”, afirma a estudante.De acordo com a professora e orientadora do projeto, Ana Claudia de Oliveira, o objetivo era produzir biofertilizantes e biodefensivos na escola e na comunidade. O projeto é desenvolvido desde julho. “Queremos sensibilizar a comunidade escolar para a prática da agricultura sustentável, evitar a contaminação do produto, do consumidor e do solo, obter produtos agrícolas mais saudáveis, além de reduzir o uso de agrotóxicos”, afirma a professora.
Objetivo é evitar o uso de agrotóxicos na produção
agrícola (Foto: Fernanda Bonilha/G1)
Com os biofertilizantes e biodefensivos produzidos nas escola é
possível tocar a lavoura com custos mais baixos e obter uma produção
cada vez mais orgânica, segundo a professora. Para isso, a escola
aproveita alguns subprodutos disponíveis no lote agrícola para fabricar
os adubos e inseticidas líquidos, que são obtidos através do processo de
fermentação de matéria orgânica, contendo microorganismos vivos, que
ajuda a manter o balanceamento nutricional das plantas, deixando-as mais
resistentes ao ataque de pragas e doenças.agrícola (Foto: Fernanda Bonilha/G1)
“Os biofertilizantes são alternativas importantes, principalmente para os pequenos produtores que não podem gastar muito, e podem ser fabricados a partir do aproveitamento de alguns produtos que geralmente é jogado fora”, explica Melissa.
Para a fabricação do biofertilizante, os alunos aproveitam produtos orgânicos do ambiente agrícola como esterco, cinzas, restos de comidas, frutas, verdura e folhas, além de adicionar leite, melaço de cana ou açúcar. Esses ingredientes são depositados em um recipiente para fermentar até se transformar em uma solução líquida homogênea. Nesse estado está pronto para ser utilizado diretamente na planta ou na fertirrigação (técnica de aplicação simultânea de fertilizantes e água, através do sistema de irrigação).
Os adubos e inseticidas são utilizados na horta da escola. Segundo Melissa o objetivo principal é expandir para a comunidade e sítios vizinhos. O trabalho é realizado na escola através do Projeto Com Vida, que envolve cerca de 100 alunos do 1° ao 9° ano.
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