MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Etios tem menor valor de reparação

Giuliana Mancini
A TARDE
  • Fernando Amorim | Ag. A TARDE
    O serviço de reparação de veículos sofre com a falta de peças
Há cerca de um ano, chegavam três hatchs que vinham tentar, finalmente, desbancar o Volkswagen Gol. Apesar de isso não ter acontecido, o fato é que o Hyundai HB20, o Toyota Etios (ambos lançados em setembro de 2012) e o Chevrolet Onix (que chegou em novembro) figuram na lista da Fenabrave dos 20 carros mais vendidos até setembro de 2013, com 90.472 unidades, 26.938 unidades e 88.382 unidades, respectivamente.
Passado este período de novidade, Classiautos foi procurar saber não como andam as vendas, mas como estão as peças destes veículos. Afinal, comprar pode ser até mais fácil agora,  mas e o conserto?
Uma pesquisa feita pelo  Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) em 2006 constatou que 52% das colisões acontecem em baixa velocidade, sem nem mesmo o air bag ser acionado. Pensando neste cenário, Classiautos fez um orçamento junto com a oficina Retocar Vilas.
O Etios, considerado o patinho feio entre os três, acabou na frente dos rivais. Caso haja uma batida frontal, o serviço do modelo da Toyota sai por R$ 3.510, com a troca do para-choque dianteiro,  paralamas direito e esquerdo, capô, viga dianteira e faróis. O Onix teve um custo de R$ 4.665,51. Já o HB20 foi o mais caro:  R$ 4.782,19.
Em uma batida traseira, com a troca do para-choque,  lanternas direita e esquerda, painel e tampa, o Etios sai por R$ 2.696, o Onix, por R$ 3.546,09, e o HB20, outra vez, tem o valor mais alto: o serviço sai por R$ 3.747,99.
Depois de feito um orçamento, vem o conserto de fato. Pois este, segundo  Reginaldo Rossi, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado da Bahia (Sindirepa-BA), pode dar uma dor de cabeça maior ainda. "As peças são um problema generalizado, pois sempre estão em falta. Isso deixa tanto o consumidor quanto as oficinas em uma posição complicada, pois sabemos que o cliente precisa do seu veículo, mas não conseguimos realizar o serviço rapidamente", explica o presidente do Sindirepa-Bahia.
Entre os hatchs levantados, Rossi cita o HB20, de novo, como o mais complicado. "Já sabemos que as vendas em São Paulo reduziram por falta de peças. Veja só: o carro da Hyundai estava com fila de espera. Pois você acha que a montadora vai preferir vender as peças ou utilizá-las para fabricar novos carros?". Segundo  Rossi,  apesar de o Etios não ter uma procura tão grande, a Toyota também demora na entrega. "A Chevrolet, apesar de não ser tão rápida, cumpre os prazos prometidos", relata.
Reparabilidade
Para ajudar os consumidores e as próprias montadoras, o Cesvi produz  o Car Group, um índice de reparabilidade de veículos.
"Colidimos os carros a  15 km/h, com impactos frontais e traseiros, nas mesmas condições. Depois, levamos os carros para oficina, com uma pessoa para reparar e outra para analisar o trabalho. O resultado se dá com uma fórmula, que leva em conta a facilidade do conserto, o tempo  e os custos das peças. Ela vai de 10, melhor nota, até 60, a pior", explicou Claudemir Rodrigues, coordenador de estudos técnicos e ensaios de impacto do Car Group.
No índice, o Etios saiu na frente, com nota 15, atrás apenas do Citroën C3 (14). O Onix está em 4º (17 pontos), juntamente com o Gol. O HB20 não consta no estudo, já que a Hyundai não forneceu o modelo para teste.

 

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