MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pai filma superlotação e problemas na higiene no Hospital de Base, em RO


Jovem teria contraído duas infecções após cesárea, segundo o pai.
Problema foi registrado na área da mrternidade do HB.

Marcos Paulo Do G1 RO

 "Você vê a sua filha ali, sem poder fazer nada, correndo risco", desabafa o mecânico Luiz Carlos dos Santos Braga, após filmar a superlotação e condições de falta de higiene nas dependências da maternidade do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro. Segundo ele, a filha, com 19 anos e que não quer ser identificada, contraiu duas infecções após o parto cesárea de uma menina no dia 14 de outubro .
As imagens foram feitas através do celular do mecânico e mostram grávidas pelo corredor da maternidade em possível risco de contaminação. As cenas mostram, ainda, acúmulo de lixo próximo às gestantes.
O mecânico conta que três dias após o procedimento, o local da cirurgia começou a infeccionar e ianda apresentou um quadro de infecção urinária, de acordo com a médica que atendeu a paciente. Segundo Braga, a filha ficou mais de oito horas à espera de um leito na maternidade.
Após o parto, sem lugar para ficar, diz o mecânico, a filha teve que amamentar a neta próximo a lixo, vômitos e panos de sangue espalhados pelo chão. Versão confirmada pela mãe da criança, ainda bastante emocionada.
"Me botaram numa poltrona lá, perto de lixo e vômito. E você tá dando de mamar, né? Tive que cobrir meu filho pra ver se não acontece nada, né?", relata. "Minha infecção na cirurgia começou depois que saí de lá [do hospital]. Aí voltei, e fui mal atendida. Você fica traumatizada. Fico chorando quando lembro", acrescenta a jovem. A filha dela, no entanto, passa bem.
O diretor adjunto do hospital, Graciliano Maia Neto, informou que o problema da infecção pode decorrer de duas causas, hipertensão e infecção urinária - problemas tratáveis durante o pré natal, que, segundo ele, está precário nos municípios. "Nós temos 50 leitos. Se entrasse todo dia 35 mulheres, que é a nossa média, e todas tivessem alta, funcionaria. Mas vem muita gente", justifica.
Quanto a superlotação, segundo Neto, o problema se agrava devido a falta de recursos humanos da maternidade Municipal Mãe Esperança, principalmente anestesista. "Quando eles tem dificuldade, todas as pacientes da maternidade, alto risco ou não, vem para cá [Hospital de Base]", complementa.
Ainda conforme o diretor, em caso de mal funcionamento em relação à higiene, o hospital deve ser comunicado para cobrar providências do serviço, que é terceirizado. "Consideramos nosso centro obstétrico como porta de entrada. Nós temos atendimento constante. Se, de repente, nesse dia, aconteceu algum evento por falta de funcionário da empresa, tem que chegar para gente cobrar e regularizar. Responsabilidade é nossa", finalizou.

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