Escolas estaduais e municipais ficaram quase três meses em greve.
'Eu não tenho nível para concorrer com os outros alunos', afirma jovem.
Francine estuda em colégio de Tomás Coelho
(Foto: Mariucha Machado / G1)
Depois de quase três meses em greve, alunos de escolas públicas das
redes municipal e estadual do Rio não se sentem preparados para o Exame
Nacional do Ensino Médio neste final de semana. Para driblar a falta de
aula, alguns optaram por estudar em casa. Francine Martins, de 17 anos,
tem o sonho de cursar engenharia civil, mas acredita que não vai ser
desta vez.(Foto: Mariucha Machado / G1)
"A falta de aula vai afetar o meu desempenho no Enem. A professora deixou de ensinar e eu de aprender. Na prova de ontem, eu fiquei sem resolver várias questões porque eu não sabia mesmo. Eu não tenho nível para concorrer com os outros alunos, apesar de ter estudado muito em casa", contou a jovem que estuda no colégio estadual Frederico Feline, em Tomás Coelho.
Fiama da Silva Nobre, de 19 anos, quer ser psicóloga. Aluna da escola estadual João Alfredo, em Vila Isabel, ela acredita que a greve dos professores também vai atrapalhar os seus resultados.
Fiama Nobre (Foto: Mariucha Machado / G1)
"A greve dificultou o nosso aprendizado e, com certeza, está me
atrapalhando no Enem. Estou há três meses sem uma aula de geografia. Eu
comprei material para estudar em casa, mas não é a mesma coisa", contou.Cerca de 500 mil candidatos fazem a prova do Enem no estado do Rio de Janeiro neste final de semana. Para garantir a segurança do exame em 787 locais de prova, a Polícia Militar do Rio de Janeiro disponibilizou cerca de 400 PMs para atuar nas regiões em que houver maior incidência de alunos.
A PM também acompanha o transporte dos cadernos do centro de distribuição para os locais de exame, onde ficará de prontidão. No término da prova, os agentes farão a escolta dos cartões-resposta.
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