Protestos na fronteira tiveram início às 7h30 desta segunda-feira (27).
Transportadores querem que governo flexibilize a chamada ‘tolerância zero’.
Fabiula Wurmeister
Do G1 PR, em Foz do Iguaçu
Protestos na fronteira tiveram início às 7h30 desta
segunda-feira (27) (Foto: reprodução / RPC TV)
Manifestantes paraguaios retomaram na manhã desta segunda-feira (27) os protestos nas principais fronteiras do país com o
Brasil e a
Argentina. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, na região de
Foz do Iguaçu, no oeste do
Paraná,
eles bloquearam o trânsito na Ponte Internacional da Amizade por volta
das 7h30. Os “paseros”, como são conhecidos os pequenos transportadores
de mercadorias, protestam contra o rigor na fiscalização contra o
contrabando anunciada pelo presidente Federico Franco no dia 13 de maio.
A série de protestos contra a chamada “tolerância zero” teve início no
dia 16 de maio e ganharam força no dia seguinte, com bloqueios às
rodovias e às pontes de acesso aos países vizinhos. No dia 17, as
manifestações em Ciudad del Este, vizinha a Foz do Iguaçu, deixaram o
trânsito na região da Ponte da Amizade parcialmente interrompido por
quase dez horas. Em acordo prévio com o governo, a liderança do
movimento havia decidido pela trégua até a volta do presidente Franco,
que estava em viagem à
Taiwan, no dia 24 de maio.
Trânsito está bloqueado desde o início da manhã
(Foto: Reprodução / RPC TV)
Os transportadores exigem que a cota mensal de isenção para a
importação, por pessoa, passe dos atuais US$ 150 para US$ 1000. Eles
reivindicam ainda que o governo flexibilize, nas regiões de fronteira, a
lista de produtos autorizados a entrar no país em pequenas quantidades.
“A maioria destes produtos que o governo quer controlar não é produzida
no Paraguai. Este rigor na fiscalização não tem sentido”, declarou na
época à radio paraguaia 730 AM, Carlos Maldonado, um dos líderes do
movimento.
Após o bloqueio desta segunda, sacoleiros, mototaxistas e pequenos
comerciantes brasileiros também aderiram ao protesto fechando o lado
brasileiro da Ponte. Eles reclamam que operações feitas pela Receita
Federal, Exército, e outros órgãos de fiscalização causam prejuízos ao
comércio, porque diminuem o movimento de compristas.
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