MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Olhar feminino muda o perfil das lavouras do cerrado maranhense


Toda movimentação da fazenda passa pelas mãos de Terezinha Sandri.
Globo Rural mostra série sobre mulheres que abriram fronteiras agrícolas.

Do Globo Rural

Qualquer decisão a ser tomada na fazenda de 2,5 mil hectares em Balsas, no sul do Maranhão, depende muito da opinião de Terezinha Sandri, uma gaúcha de 62 anos.
Ela e o marido, o agricultor Antídio Sandri, saíram de Planalto, no Rio Grande do Sul, há 36 anos, para semear a segunda lavoura de soja da história do cerrado maranhense. Na época, o local não passava de uma fronteira agrícola recente, que atraiu o casal por terras baratas e crédito subsidiado pelo governo.
Começar a vida por lá não foi fácil. Terezinha conta que se escondia do marido para chorar de saudade da família.
O passado ficou eternizado no álbum da família: o casamento dias antes da viagem para o Maranhão, os quatro filhos e as primeiras lavouras semeadas em pequenas clareiras abertas no cerrado.
Quatro décadas de trabalho pesado depois e a propriedade cresceu. Eles foram comprando mais terras, investiram em tecnologia e dobraram a produtividade das lavouras de soja.
Toda safra da fazenda, cerca de 95 mil sacas, vai para fora do Brasil e quem fica de olho nos preços do mercado internacional é Terezinha. Ela barganha na negociação com as empresas estrangeiras.
Mas as atribuições da agricultora não param por aí. A tarefa que ela mais gosta é a de acompanhar o vai-e-vem das máquinas no campo.
As lavouras que avançam pelas chapadas são programadas por computador e tocadas com uso de satélites, mas nenhuma tecnologia substitui o olhar feminino que orienta os negócios da família Sandri.

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