Empresa recebeu recursos para iniciar obras e se retirou do negócio.
Decisão é da 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre; cabe recurso.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Ford informou que a empresa irá se manifestar após a solução final sobre o caso. "Informamos que o processo instaurado pelo governo do estado do Rio Grande do Sul envolvendo a Ford ainda encontra-se sub judice. Por este motivo, a Ford não se pronunciará neste momento, pois aguarda uma solução final do processo por parte dos órgãos competentes", diz a nota.
Na época que assinou contrato para a instalação de uma fábrica na Região Metropolitana de Porto Alegre, a Ford também assinou um financiamento com o Banrisul, que disponibilizaria à empresa a quantia de R$ 210 milhões. O dinheiro seria liberado por etapas, mediante prestação de contas. Conforme a Justiça, após o pagamento da primeira parcela, a Ford saiu do negócio, alegando que o governo estava em atraso no pagamento da segunda parcela e também problemas políticos com a nova administração estadual..
A juíza Lílian Cristiane Siman determinou a rescisão do contrato e condenou a empresa a devolver o valor da primeira parcela do financiamento no valor de R$ 36 milhões (R$ 42 milhões iniciais, dos quais devem ser deduzidos R$ 6 milhões, relativo à terraplenagem do terreno onde seria instalado o complexo e se somou ao patrimônio do autor da ação), cerca de R$ 93 milhões referentes à aquisição de máquinas e equipamentos e cerca de R$ 33 milhões referentes aos estudos técnicos e análises para disponibilização de infraestrutura.
A Ford possui atualmente três fábricas no Brasil, uma em São Bernardo do Campo (SP), onde fica a sede da montadora, outra em Taubaté (SP), de motores e transmissões, e uma terceira em Camaçari (BA), inaugurada em 2001.
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