Crianças passam o dia admirando os 'brinquedos' de adultos.
Aeromodelos podem custar mais que um apartamento.
Fabiana De Mutiis
Do G1 AL
De pertinho até parece uma aernova de verdade. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Neste sábado (4) de sol em Maceió, amantes da aviação se reuniram no
Aeroclube de Alagoas para comemorar o dia do Aeromodelismo. Vários
participantes levaram suas "máquinas" e as colocaram para voar. O
barulhinho do motor encantou o pequeno Guilherme. Ele tem apenas seis
anos e estava louco para pegar o controle e pilotar o "aviãozinho". A
mãe dele, Livia Maria Lopes, 40, teve que explicar para o filho que
piltotar um aeromodelo parece uma brincadeira, mas não é.
Criançada admira os aeromodelos e quer 'brincar' com o controle remoto. (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Para pilotar uma máquina dessas é preciso fazer um curso que custa R$
400. O instrutor Guilherme Voss diz que é preciso fazer as aulas para
não causar acidentes e para não quebrar o aeromodelo. Uma máquinna
dessas pode alçancar uma velocidade de 150Km por hora. "São dez aulas de
45 minutos cada. A pessoa precisa ter o aeromodelo e aprende teoria e
prática", diz.
'Binquedo' de criança grande custa caro.
(Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
O diretor de eventos do Aeroclube, Clayberson Ferraz, diz que existem
duas categorias de aeromodelos. Na categoria elétricia, uma máquina
custa a partir de R$ 700. Já na categoria a combustão, o modelo custa a
partir de R$ 1.500. Mas, segundo Clayberson, um aermodelo podem custar
R$ 100 mil, R$ 200 mil. "O aeromodelismo, embora seja um esporte, aqui
em Alagoas é mais um hobby. É muito caro", diz.
Ele conta ainda que comandar os pequenos aviões é uma distração e tira
todo stress. "Aqui a gente tem que se concentrar para fazer as manobras e
não deixar o avião cair. Aí não sobra tempo para pensar nos problemas. É
muito divertido", diz.
Jonatas de Melo, 13, é o mais jovem aeromodelista credenciado de
Alagoas. Ele e o pai, Josué Santos, 48, fizeram o curso praticamente
juntos há um e meio, e de lá para cá já colecionam sete máquinas.
Jonatas de 13 anos e o pai, Jusué Santos, não desgrudam os olhos do aeromodelo (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)
Pai e filho vão juntos para a pista e enquanto Jonatas faz as manobras,
o pai dá alguns palpites. "Eu sempre quis pilotar esses aeromodelos,
mas não tinha condições financeiras na época. Agora os preços são um
pouco mais acessíveis e, como Jonatas gostou, eu aproveitei a
oportunidade para realizar um sonho de infância", conta o pai orgulhoso.
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