Piscinas de aluguel fazem sucesso com pais e filhos em praia do Recife

Piscinas naturais rasas, formadas por arrecifes, não deixam pais tranquilos.
Aluguel é cobrado por hora e varia de R$ 5 a R$ 15, dependendo do tamanho.

Katherine Coutinho Do G1 PE

Piscinas infláveis são alugadas na Praia de Boa Viagem.
(Foto: Katherine Coutinho/G1)

As piscinas naturais que se formam durante a maré baixa na Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, atraem turistas dos mais diversos lugares do país e do mundo. Apesar do visual paradisíaco, ao longo da orla é possível ver, mesmo com a maré baixa, inúmeras piscinas infláveis, que podem ser alugadas junto com cadeiras ou guarda-sóis.
O aluguel de piscinas infláveis acontece há mais de cinco anos na Praia de Boa Viagem e tem menos a ver com tubarões do que os mais preocupados podem pensar. Cada vendedor tem seus preços, estratégias e cuidados. Zaqueu de Santana tem sempre junto a si a cola especial para remendar as piscinas, caso elas furem durante o dia. “Quando não dá mais para aproveitar, a piscina vira material para remendo”, detalha Zaqueu.
Além de fazer consertos, é preciso atentar para a limpeza das piscinas, para não correr o risco de pegar micoses, alerta o comerciante Vicente Junior. “Todos os dias, eu levo para casa e lavo as piscinas em água corrente. É preciso ter cuidado”, acredita. E quem pensa que apenas crianças aproveitam muito se engana. “Às vezes tem adulto que aluga até a pequena, quando não tenho a grande”, entrega Junior.

Laís com as sobrinhas, Luíza e Livia: tranquilidade para não perder as crianças. (Foto: Katherine Coutinho/G1)

O aluguel é cobrado por hora e varia de R$ 5 a R$ 15, dependendo do tamanho da piscina e da negociação com os donos. Porém, fica a pergunta: por que, tendo piscinas naturais rasas, muitos pais preferem alugar uma inflável? “Quando a praia está muito cheia, é mais fácil manter as crianças perto. Você fica mais tranquilo, não corre o risco de se perderem”, acredita a professora de educação física Laís Oliveira, tia de Luíza, de 6 anos, e Lívia, de 2.
A consultora de vendas Nataly Azevedo admite que tem medo da correnteza, mesmo nos dias mais tranquilos, e prefere manter o filho Luca David, de 2 anos, na piscininha. “Eu me sinto mais segura”, explica Nataly. Essa é também a preocupação de Luciana Santos com a filha, Giulia, de 3 anos. “Ela não sabe nadar direito, se a gente se distrai um instante, pode acontecer algo. Aí, você quase não aproveita o dia”, pondera Luciana. E por que não levar de casa? "Muito mais prático alugar", acredita Luciana.

Com a piscina, Walmir e Rosineide ficam mais
próximos dos filhos (Foto: Katherine Coutinho/G1)

Mais do que o medo da correnteza, Rosineide Bezerra da Silva tem medo é das histórias de tubarão. “Eu sei que não tem no raso, mas fico preocupada”, confessa a mãe. O marido, o técnico em enfermagem Walmir da Silva, explica que tem mais um motivo para alugar a piscina para os filhos, Ricardo, de 1 ano, e Vanessa, de 4. “Um de nós teria que ficar na água, outro na areia. Assim, ficamos todos juntos”, diz Walmir.
A pedagoga Georgina Gomes não se importa de a filha, Ana Tereza, de 11 anos, brincar na água na maré baixa. Só que quando as ondas crescem, a piscininha alugada geralmente para a prima Isabela, de 3 anos, vira brincadeira de todos. “Quando a maré está baixa, a gente aluga botes infláveis para eles. Alta, não dá. Além disso, quando tem dor de ouvido, é melhor ficar na piscina, evita entrar água”, aponta Georgina.