MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Mais dois prédios públicos do Paraná têm banheiros 'transparentes'


Em Marechal Cândido Rondon é a Clínica da Mulher e da Criança.
Já um Centro poliesportivo em Ponta Grossa ainda não foi inaugurado.

Cassiane Seghatti e Thais Kaniak Do G1 PR

Banheiro transparente (Foto: Emilio Wenvel)Banheiro transparente na Clínica da Mulher e da Criança, em Marechal Cândido Rondon, no interior do Paraná, também gerou polêmica (Foto: Emilio Wenvel)
Depois da polêmica dos banheiros 'transparentes' em um prédio público de Ponta Grossa, no Paraná, mais duas construções que podem ser usadas pela comunidade têm paredes de vidro. Em Marechal Cândido Rondon, no oeste, a Clínica da Mulher e da Criança custou R$ 448 mil e foi entregue há quase um ano.
O banheiro fica dentro de um consultório médico e, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, não é usado. Mesmo assim, um biombo foi colocado para “não possibilitar a transparência”.
De acordo com a Prefeitura de Marechal Cândido Rondon, o município cedeu o terreno para a construção da clínica e a obra era de responsabilidade da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano do Paraná (Sedu). A Secretaria informou que era responsável pela supervisão da obra e que os recursos eram da Secretaria da Saúde.
Ainda conforme a Sedu, o projeto é da gestão do governo anterior e as obras das clínicas começaram em 2007. O projeto é o mesmo para várias cidades do estado, mas a Secretaria não soube informar a quantidade de clínicas construídas neste formato.
A Sedu também afirmou que, na troca do governo, as falhas nos projetos foram constatadas, porém, como as obras já estavam em um estado avançado de construção, foi feito um acordo com os municípios para que eles realizassem as correções necessárias.
Banheiro transparente (Foto: Emilio Wenvel)Um biombo foi colocado para disfarçar, mas não adiantou (Foto: Emilio Wenvel)
Ponta Grossa
Os banheiros de um centro poliesportivo, que está sendo construído em Ponta Grossa, também têm paredes de vidro. A obra é da mesma construtora do Conservatório de Música, que virou alvo de polêmica devido aos banheiros transparentes. O ginásio custou R$ 7 milhões e deveria ter sido entregue há quatro anos.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Comunicação e com a construtora, porém, não encontrou ninguém para falar sobre o assunto.
Centro poliesportivo ainda não foi inaugurado (Foto: Reprodução/RPC TV)Centro poliesportivo ainda não foi inaugurado (Foto: Reprodução/RPC TV)
Já o Conservatório de Música, que ganhou destaque internacional,  foi inaugurado em dezembro de 2012 e levou dos anos para ficar pronto, com um custo de R$ 3 milhões.Além das paredes de vidro dos banheiros, ainda há outra curiosidade no prédio. As portas, que também são de vidro, colocadas no andar superior são saídas de emergência e estão à espera de uma escada do lado de fora.
Na quarta-feira (9),após a polêmica, películas de proteção foram instaladas nos banheiros do prédio. A história chegou a ganhar espaço no site do jornal britânico Daily Mail, que chamou os arquitetos de “atrapalhados”.
O Ministério Público abriu uma investigação, na terça-feira (7), para apurar possíveis irregularidades na construção.

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