Luan Santos A TARDE
Solla destacou que esta é uma medida importante para combater o estigma que ainda existe em relação à hanseníase "Não cabe mais na sociedade atual um leprosário. A modalidade de atendimento à pessoa com hanseníase é ambulatorial dentro dos serviços, como qualquer outra doença infecciosa", reiterou.
O secretário explicou ainda que o motivo para a desativação do antigo leprosário para a construção de uma nova unidade é a qualificação do atendimento às pessoas com doenças infecto-contagiosas.
Nova unidade - O Instituto Couto Maia será construído a partir de uma Parceria Público Privada (PPP). Neste modelo, que já é adotado no Hospital do Subúrbio, a empresa vencedora da licitação será responsável pela construção e administração dos serviços condominiais, como recepção e alimentação. O Estado será responsável pelos serviços clínicos.
A empresa vencedora da licitação será conhecida hoje em leilão realizado na Bovespa, em São Paulo. O contrato com a concessionária será firmado até março, segundo Solla. A empresa terá prazo de 18 meses para construir a nova unidade. O investimento será de R$ 70 milhões.
A nova unidade contará com centro cirúrgico, ambulatório de doenças infecciosas, serviço de reabilitação, ultrassonografia, endoscopia digestiva e farmácia, dentre outros atendimentos.
Segundo a diretora do Hospital Couto Maia, Ceuci Nunes, os pacientes que eram atendidos no HDRM serão encaminhados para a unidade que dirige e para o Hospital Roberto Santos.
"No Couto Maia, os pacientes passarão pelos processos de triagem, diagnóstico, acompanhamento e medicação. No Roberto Santos, serão realizados procedimentos cirúrgicos necessários, como biópsias", afirmou.
Abílio Marcos Menezes, 55 anos, realiza tratamento contra diabetes no HDRM há 13 anos e lamentou a desativação das atividades do local. "Aqui era quase minha segunda casa. Qualquer problema, eu vinha para o hospital". Assim como ele, Eduardo Nicácio, 61, também não aprovou a desativação. "Há quatro anos eu venho aqui me consultar e sempre fui bem tratado", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário