MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 13 de outubro de 2012

Tatuagens eternizam paixão por carros que marcaram época no país


Opala e Fusca ficarão para sempre nos corpos de "loucos" por veículos.
Tatuagem foi a forma encontrada para divulgar gosto pessoal de jovens.

Luciano Calafiori Do G1 Campinas e Região

Mariza de Bone, a Joice do Opala, e sua tatuagem homenageando o carro dela (Foto: Mariza de Bone/Divulgação) ´Joice do Opala' e sua tatuagem homenageando o carro dela (Foto: Mariza de Bone/Divulgação)
O amor por carros está eternizado na pele de apaixonados por suas máquinas incríveis em forma de tatuagens. Nem só de nomes de filhos, esposas e dragões vivem fãs de automóveis que marcaram época no mercado brasileiro como o Opala e o Fusca.
Mariza de Bone, a Joice do Opala, de Joinville (SC), considera o Opala uma válvula de escape, uma terapia. O amor é tanto que tatuou o carro dela nas costas com a frase “Pra Sempre”.
“O Opala para mim é minha válvula de escape, minha terapia. Eu me esqueço do mundo, dos problemas. Cuido do meu Opala 1979 como filho. Ele se chama Luiz Augusto. Eu choro quando fico longe dele. Sinto saudade como se fosse uma pessoa”, resume Joice, que já foi proprietária de outros três Opalas, carro produzido no Brasil entre 1968 e 1992 e com a comercialização de aproximadamente um milhão de unidades, segundo a Chevrolet.
O mecânico Tinho Campitelli, apaixonado por Opalas e tatuagens (Foto: Tinho Campitelli/Divulgação)O mecânico Tinho Campitelli e  as tatuagens
do Opala (Foto: Tinho Campitelli/Divulgação)
Outro fascinado por Opala é o mecânico de autos Renato Campitelli, o Tinho Campitelli, de Indaiatuba (SP). O pai dele chegou a ter nove modelos. Foi paixão passada de pai para filho. O primeiro Opala dele foi aos 19 anos. “Eu tinha um Fusca e troquei por um Opala 6 cilindros, branco, quatro portas, ano 1974”, explica Campitelli.
A primeira tatuagem dele foi em 2002, mas o homenageado foi o filho, Vinícius. Como dizem os tatuados, quem faz à primeira, vem a segunda e assim por diante. Um amigo de Campitelli tem uma equipe de carros, e o carro chefe, não poderia ser outro, se não, o Opala.
O mecânico conta que teve início uma “arrancada” na experiência dele com as tatoos e com os carros.
“Eu me deparava com aqueles opalas maravilhosos acelerando a todo vapor e aquilo me envolveu de certa forma que tinha tudo o que era revista de Opala em casa”, explica.
E foi em uma destas revistas que ele viu o Yelow Black Lethal (YBL), o Opala mais rápido do mundo do piloto Agenor Scortgagna, conhecido como “Scort”. Não deu outra, o fã resolveu homenagear o piloto com o Opala tatuado nas costas.
Depois que o piloto trocou o motor do carro, uma nova tatuagem veio. Mas não foi a última. “E fiz também entre eles um Opala modelo SS, que é o meu sonho de consumo. Com muita fé em Deus eu vou conseguir realizar”, finaliza.
Motor tatuado na perna de Filipe Aoki, que diz ser apaixonado por carros (Foto: Filipe Aoki/Divulgação)Motor tatuado na perna de Filipe Aoki
(Foto: Filipe Aoki/Divulgação)
Filipe Aoki, de São Paulo (SP), que trabalha com Marketing, também ama carros, mas a tatuagem que ele tem na perna é de um motor V8, não de um modelo específico, mas Aoki sonha com os Hot Rods, aqueles carros modificados. “Eu sempre fui apaixonado por carros, em especial por motores V8 e eu quis, dessa forma, representar minha paixão”, descreve.
Questionado sobre porque o motor na perna, ele lembra que as pernas são os motores do corpo. Agora, se virão outras tatuagens, os planos estão traçados. “Quero tatuar no meio do peito uma caveira com pistões e as inscrições em latim da bandeira de São Paulo, Non Ducor, Duco, ou seja, não sou conduzido, conduzo”.
O mecânico Alexandre Rodrigues da Silva, o Alemão do Fusca, traduziu seu amor pelos carros da Volkswagen em uma tatuagem. “Tenho ela há quatro anos. Fiz escondido do meu pai. A próxima será uma Kombi”, disse ele.
Apaixonado pelo Fusca, o mecânico também relata que muitas pessoas estranham a tatuagem automotiva. “Tem os dois lados. Tem a crítica e quem gosta. Muitas vezes a crítica entra por um lado e sai pelo outro”, afirma.
O Fusca tatuado no braço do mecânico Alexandre Rodrigues da Silva, de Indaiatuba-SP (Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)O Fusca tatuado no braço do mecânico Alexandre Rodrigues  (Foto: Luciano Calafiori/G1 Campinas)

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