Monovolume perde ‘caretice’ e evolui em design e prazer ao volante.
Nova posição da alavanca de câmbio é ruim e exige dura adaptação.
A configuração topo de linha B 200 Sport sai por R$ 129,9 mil, e justifica a diferença de R$ 14 mil ao entregar rodas aro 18, direção paramétrica, suspensão rebaixada com amortecedores auto-ajustáveis, tela central de 16 polegadas, faróis bi-xênon com LEDs e bancos em couro – além de detalhes estéticos diferenciados. O motor 1.6 turbo e o câmbio automatizado de dupla embreagem 7G-DCT são comuns às duas opções.
VEJA OS CONCORRENTES DO MERCEDES-BENZ CLASSE B | |
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MERCEDES-BENZ CLASSE B Motor: 1.6 16V turbo, 156 cv Câmbio: Automatizado, dupla embreagem, 7 marchas Comprimento :4,36 m Entre-eixos: não divulgado Largura: 2,01 m Altura: 1,56 m Porta-malas: 488 litros Peso: 1.425 kg Preço: A partir de R$ 115.900 |
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AUDI A3 SPORTBACK Motor: 2.0 16V turbo, 200 cv Câmbio: Automatizado, dupla embreagem, 6 marchas Comprimento: 4,29 m Entre-eixos: 2,58 m Largura: 1,76 m Altura: 1,42 m Porta-malas: 370 litros Peso: 1.370 kg Preço: R$ 119.185 |
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BMW SÉRIE X1 Motor: 2.0 16V, 150 cv Câmbio: Automático, 6 marchas Comprimento: 4,45 m Entre-eixos: 2,76 m Largura: 1,80 m Altura: 1,54 m Porta-malas: 420 litros Peso: 1.455 kg Preço: R$ 129.950 |
Impressões
O primeiro contato do G1 com o novo Classe B se deu numa viagem de cerca de 200 km entre São Bernardo do Campo (região do ABC paulista, onde fica a fábrica da Mercedes) e a praia de Riviera de São Lourenço, também em SP – um, trecho, portanto, predominantemente rodoviário. Tratava-se de um dia nebuloso, e a descida até o litoral foi em comboio guiado pela Polícia Rodoviária.
Interior perdeu arquitetura interna peculiar, mas evoluiu em acabamento e recursos (Foto: Letícia Moreira / G1)
Mas, antes da partida do grupo, uma intensa neblina impôs uma espera de
aproximadamente uma hora. Possíveis irritações com a estagnação foram
aplacadas por um ambiente de ótima visibilidade, acabamento impecável,
sistema de som de primeira e bancos confortáveis. Só não se desejava
ficar parado por mais tempo curtindo o interior do modelo por conta da
ansiedade de, enfim, descobrir se o câmbio 7G-DCT era ao mesmo tempo
mais suave que o CVT do antigo Classe B e tão rápido quanto o S-Tronic
da Audi.Câmbio mudou de lugarPerde também na posição da alavanca, que foi transferida do console central para a coluna de direção. Durante o teste, ela foi confundida com o acionamento do limpador do para-brisa (que fica à esquerda) algumas vezes: percebe-se o erro quando a posição N (Neutro) do câmbio é acionada involuntariamente (e perigosamente, com o carro em movimento). A marca alega que a mudança serviu para ampliar o espaço interno – mas o acréscimo de dois porta-objetos na região não explica uma adaptação tão controversa.
Mas há bom entrosamento com o motor 1.6 turbo, de injeção direta de combustível, 156 cavalos de potência e respeitáveis 25,5 kgfm de torque, já disponíveis às 1.250 rpm. Representante de destaque do time do downsizing (blocos menores, porém mais potentes), é incomparavelmente superior ao incomum antecessor 1.7 litro, de tímidos 116 cv e 15,8 kgfm de torque. Se o antigo bloco era discreto no desempenho, esse é controlado na sede: segundo computador de bordo, foi registrada média de 11,8 km/l.
Sob todos os ângulos, monovolume ficou mais atraente na linha 2013 (Foto: Letícia Moreira / G1)
A direção paramétrica – exclusiva da versão B200 Sport, aqui testada –
se mostrou direta e precisa, muito mais coerente com a proposta de hatch
esportivo com a qual o Classe B agora flerta do que com uma condução
cautelosa, digna de quem carrega crianças no banco de trás. A suspensão é
firme e confortável, mas a Mercedes avisa que os carros destinados às
vendas terão um acerto mais suave e elevado.Menos 'família'A decisão de se afastar esteticamente e dinamicamente de um carro essencialmente familiar é bem-vinda, mas deixou para trás uma particularidade do antigo Classe B. Montado numa plataforma “sobreposta” – onde, na prática, o painel ficava em posição tão alta quanto o ponto H –, o antecessor tinha uma posição de dirigir única, que se distanciava do restante das minivans, com o volante plenamente na vertical e em posição elevada. A posição do atual é elogiável, mas igual à de qualquer hatch da categoria. Junto com aquela arquitetura especial foram-se também os boosters (assentos elevados para crianças) da segunda fileira.
Atrás, vão confortavelmente dois ocupantes; crianças perdem o booster (Foto: Letícia Moreira / G1)
Portanto, é notável que na nova geração o Mercedes-Benz Classe B se
manteve um carro familiar, mas com pretensões diferentes: não quer ser
mais apenas o carro da mamãe que vai da escola para o supermercado, e
depois da natação para o curso de inglês; ele quer ser, também, o carro
da mamãe que deixa os filhos com os avós e vai para a balada com o
papai. Ou seja, ao invés de se preocupar só com quem vai nos bancos de
trás, agora dá mais atenção a quem está na frente.
Porta-malas leva 488 litros (Foto: Letícia Moreira / G1)
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