MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Sem itens básicos, Hospital de Base em RO se aproxima do caos, diz MP


Pelo menos 222 itens básicos para realizar cirurgias estão faltando.
Em visita à unidade, promotor de justiça constatou falta de medicamentos.

Do G1 RO

O Ministério Público de Rondônia recebe por dia entre 15 e 20 denúncias contra o Hospital de Base em Porto Velho. Por isso, na tarde de segunda-feira (1), o promotor de justiça Hildon Chaves visitou o hospital e constatou que faltam, pelo menos, 222 itens básicos para a realização de cirurgias e 49 medicamentos para o tratamento dos pacientes.
O almoxarifado que armazena todo o material utilizado pelo hospital é instalado dentro da unidade. Ele é considerado pelas equipes que trabalham no local como um lugar insalubre para se trabalhar. Algumas prateleiras dos insumos estão vazias. Segundo o promotor, o problema representa o início de um caos na saúde do estado.
"Aqui há falta de medicamento. Também nós vemos a falta de diversos itens fundamentais da manuntenção da vida, fazendo com que os servidores desse hospital se vejam obrigados a pedir medicamentos emprestados a prefeituras, a outros hospitais. Enfim, é um caos completo, inaceitável", relata o promotor.
De acordo com funcionários, até mesmo fraldas infantis estão em falta. Na farmácia, a situação é a mesma. Faltam pelo menos 49 tipos diferentes de medicamentos, como: cefalexina, manitol, prometazina e a ocitoxina, que tem um consumo mensal de quatro mil unidades, entretanto, o hospital só possui 20 unidades que foram emprestadas da maternidade municipal.
Maria das Graças aguarda há 25 dias a cirurgia de um amigo que caiu de moto e mesmo com fratura exposta no joelho, ainda não foi operado por falta de materiais básicos. Para acelerar o procedimento, o paciente recorreu ao MP. "Fui lá no Ministério Público para ver se faz alguma coisa, enquanto isso ele está lá dentro, está jogado", afirma Maria das Graças.
Com o irmão cadeirante internado há 13 dias aguardando para ser operado, Mônica Bispo, recebeu a informação de que ele é um dos últimos na fila de cirurgias e não tem data para entrar no centro cirúrgico.
"Tem muita gente na frente dele, mais de 800 pessoas na frente dele, que também esperam por uma vaga. E se for esperar tanto, a gente pensa em desistir né, porque vai ficar nessa expectativa sem ter resultado", diz Mônica.
De acordo com a direção do Hospital de Base, a responsabilidade para o fornecimento de medicamentos é da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), mas nenhum representante do órgão foi encontrado para falar sobre o assunto.

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