Professora de Porto Velho representa o Brasil em conferência internacional

Alexândria Alexim é coordenadora do projeto de pesquisa sobre biopirataria.
Há somente dois representantes do Brasil. O evento começa nesta quarta.

Do G1 RO

A professora e pesquisadora, Alexândria Alexim, vai representar o Brasil no 11º Encontro Internacional de Direito Ambiental, que acontece no México, a partir de quarta-feira (3). Alexândria é professora de uma universidade em Porto Velho e coordena um grupo de pesquisas em biodiversidade e biopirataria. Devido a sua participação na Conferência das Nações Unidas, a Rio+20, a professora foi convidada a participar do evento. Do Brasil haverá apenas dois participantes.
Este será o primeiro evento sobre economia verde e desenvolvimento sustentável após a assinatura do Tratado Internacional ‘O futuro que queremos’, durante a Rio+20, por 191 países.
Durante o encontro, a professora abordará a problemática da biopirataria e a mobilização dos países para a ratificação do protocolo de Nagoya, assinado no Brasil. “A minha proposta no encontro é propor um sistema mundial de vigilância da aplicabilidade da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e a mobilização para os países ratificarem o Protocolo de Nagoya”, explica Alexândria. O protocolo prevê a existência de respeito à soberania e a repartição justa e equitativa dos benefícios oriundos da biodiversidade de cada País.
De acordo com a professora, o Brasil possui 20% de toda a biodiversidade do planeta. Para ela, este número é o que atrai a biopirataria, uma prática ilegal que consiste na retirada da fauna, flora e conhecimentos das comunidades tradicionais que se destinam ao estudo e manipulação por laboratórios farmacêuticos internacionais e empresa alimentícias multinacionais, patenteando sem informar a região que originou o produto.