MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Pacientes são atendidos no chão no meio de obra e água de chuva, em RO


Pronto-socorro de Porto Velho está em obras no sistema de esgoto.
Funcionários e pacientes denunciam a situação.

Vanessa Vasconcelos Do G1 RO

Pacientes e funcionários convivem em meio a obra de reforma do sistema de esgodo do Pronto-Socorro (Foto: Paulo Roberto Lopes/Divulgação)Pacientes e funcionários convivem em meio a obra de reforma do sistema de esgodo do Pronto-
Socorro João Paulo II, em RO. (Foto: Paulo Roberto Lopes/Divulgação)

Funcionários e pacientes do Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho, denunciam a situação caótica da unidade, que passa por reforma na rede de esgoto,. Com a forte chuva que atingiu a capital durante toda a manhã desta quinta-feira, a água invadiu os corredores através das valas cavadas para instalação da rede de esgoto, e ainda por meio de infiltrações no teto e paredes.
“Tem paciente deitado em colchão de ar sobre a água, isso não é ambiente para se tratar ser humano”, diz o técnico em enfermagem Paulo Roberto Lopes, que afirma ter levado a situação à direção da unidade, que pediu "paciência".
“O risco de contaminação é iminente”, afirma a técnica em enfermagem Josenice Freitas da Silva, que relata que pacientes com fraturas expostas estão sendo atendidos nos corredores, em meio a poeira causada pela obra e a passagem de operários. “Se nós estamos ficando doentes, imagina o paciente, que já entra aqui fragilizado?”, questiona a técnica, que denúncia a situação insalubre da unidade.
Sem leitos, pacientes são atendidos no chão do PS. (Foto: Paulo Roberto Lopes/Divulgação)Sem leitos, pacientes são atendidos no chão do PS. (Foto: Paulo Roberto Lopes/Divulgação)
Há sete dias o lavrador Nivaldo José Bonifácio, do município de Ministro Andreazza, a cerca de 500 quilômetros de Porto Velho, aguarda por uma cirurgia ortopédica. Nivaldo relata a situação a qual os pacientes estão expostos: “Muita gente está no chão, em colchões em baixo das macas, com a água da chuva misturada a poeira, virou uma lama só, sem contar o mau cheiro dos esgotos”, diz.
Paciente do interior do estado aguarda atendimento há sete dias e reclama da sujeira e mau cheiro do local (Foto: Vanessa Vasconcelos/G1)Paciente do interior do estado aguarda atendimento
há sete dias e reclama da sujeira e mau cheiro do
local (Foto: Vanessa Vasconcelos/G1)
Sem equipamentos
Além do problema na estrutura física, outra dificuldade relatada é a falta de materiais médicos básicos, como aparelhos para medição de pressão e luvas estéreis. “Além do mais, falta medicamento e estamos tendo que comprar fora, assim como os esparadrapos para trocar os curativos”, conta a zeladora Rosemira Santana, que acompanha o marido internado na unidade.
Uma estagiária de enfermagem que não quis se identificar relatou que a pressão dos pacientes é aferida com aparelhos trazidos pelos próprios acadêmicos. "Os que a unidade possui não funcionam", diz. Ainda segundo ela, com a falta de coletores estéreis usados na colocação de sonda vesical, o recipiente está sendo substituído por frascos vazios de soro “expondo o paciente ao risco de contaminação”.
No final do mês de setembro, o Conselho Regional de Infermagem (Coren) denunciou a situação da unidado ao Ministério Público de Rondônia, mas até então nenhuma providência foi tomada, de acordo com os enfermeiros.
Funcionários ameaçam realizar uma movimentação na segunda-feira (8), caso nenhuma providência seja tomada.
A direção do Pronto-Socorro João Paulo II e a Secretaria Estadual de Saúde foram procurados, mas não retornaram as ligações.
Operários transitam em meio a pacientes atendidos nos corredores do hospital. (Foto: Josenice Freitas/Divulgação)Operários transitam em meio a pacientes atendidos nos corredores do hospital. (Foto: Josenice Freitas/Divulgação)

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