Panelas de barro a colares são alguns dos materiais vendidos.
Maioria da clientela é de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Maria organiza as mercadorias na banca para exposiçao (Foto: Paula Casagrande/G1)
Há um ano Maria Leonice Tupari descobriu uma nova forma de vender os
objetos artesanais. A indígena de uma tribo da região de Alta Floresta
D´Oeste, RO, utiliza a internet para realizar as vendas de suas
mercadorias para diversos locais do Brasil.“Eu vendia somente em casa, na tribo e nas feiras. Há um ano, já morando em Cacoal, RO, achei interessante montar um blog para realizar vendas maiores, feitas por pedidos”, lembra Maria. A ideia deu certo e o blog de Maria se tornou famoso também em outros estados.
“Temos compradores diretos em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e até no Rio de Janeiro”, conta. Segundo Maria, que também expõe nas feiras de Cacoal e dos municípios vizinhos, o reconhecimento do público de fora do estado é ainda maior. “Eles não têm essa cultura indígena tão próxima, então acaba se tornando uma novidade ter um colar feito com ossos de animais”.
Produtos expostos em feira de artesanto
(Foto: Paula Casagrande/G1)
Para confeccionar os artesanatos, Maria conta com a ajuda de duas
filhas, da cunhada e sogra e produzem colares, anéis e até panelas de
barro. As matérias-primas são sementes, coco, ossos de animais e
espinhas de peixes e palha.(Foto: Paula Casagrande/G1)
“O que tem mais saída pela internet são os colares de ossos e espinhas de peixes. Como as matérias-primas têm época – como por exemplo o barro a ser retirado do rio, então às vezes pedem em grande quantidade e não temos como atender. Mas, no geral, atendemos a todos os pedidos”.
Segundo Maria, nas feiras elas chegam a arrecadar até R$ 500 por mês. Já na internet, o rendimento é de até R$ 1 mil por mês.
Para a filha de Maria, Marciany Tawá Tupari, o comércio é uma oportunidade de aprender a cultura da mãe. “Ela nos passa o que aprendeu com seus pais e avós. É nossa cultura sendo divulgada, sem cair no esquecimento”.
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