MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Alunos da rede pública de PE criam projetos e viram empreendedores


Estudantes aprendem a gerenciar empresa antes de entrar na faculdade.
Feira vai mostrar todas as invenções no próximo sábado (6).

Do G1 PE

Estudantes adolescentes de algumas escolas públicas da Região Metropolitana do Recife viraram empreendedores. Com a ajuda de voluntários do programa “Miniempresa”, eles criaram projetos ousados e estão crescendo como profissionais. Aprendendo a gerenciar e entender o funcionamento da estrutura de uma empresa, eles ganham mais um item importante no currículo.

Dentre as escolas participantes, está a Escola Técnica Agamenon Magalhães (Etepam), no Recife. O relógio na parede da secretaria do colégio marca as horas e a presença de seus fabricantes. A miniempresa dos estudantes – batizada de Novo de Novo – produz o objeto, feito em discos de vinil e fotografias. “A gente divide e temos todas as áreas de uma empresa normal – RH, financeiro, produção, marketing. Então vem um de cada área e eles ensinam aquilo que eles fazem na empresa deles”, comentou a estudante Heloísa da Silva.
Nas turmas de até 30 alunos, cada um tem uma função. “Cada equipe fica para montar uma parte do projeto. Uma monta as fotos, outra o maquinário, outra os números para colar no vinil. Cada uma tem sua função e ainda tem a revisão no final para saber se o produto ficou bom ou não”, explicou Diedra Silva, de apenas 15 anos. “O custo unitário chega a ser R$ 7,20. Calculamos custo fixo, todos os balanceamentos, impostos e damos o valor devido, que é R$ 20”, calculou Matheus Abreu, diretor financeiro da miniempresa.
Alunos do ensino médio da Escola Edson Moury Fernandes, localizada no Conjunto Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, também têm uma miniempresa. Através da Liminux, eles produzem abajures com colheres de plástico. A ideia surgiu entre alunos do segundo ano. “Vendo que colheres iam paro lixo; dentre tantas ideias que tivemos, a do abajur foi a melhor. Nós pegamos [a colher], lavamos e utilizamos para a produção”, falou Marília Fernanda da Silva, de 16 anos.
O projeto de miniempresa mexeu com a turma e com toda a escola. “Quando a gente remete os jovens a uma ação construtiva, a uma coisa que interessa a eles, vão ao limite da resistência. Foi muito bom para a escola e está sendo bom envolver o jovem na maneira de pequenos empreendedores”, comemorou Jadiel Lopes, gestora da Escola Edson Moury Fernandes.

Outro exemplo de como as miniempresas têm mudado para melhor a vida dos alunos vem da Escola Estadual Maria Vieira Muliterno, em Abreu e Lima, no Grande Recife. “A gente que é de escola pública, as pessoas descriminam muito. Por a gente ser mais pobre, pessoas acham que não temos capacidade de fazer algo que se destaque. A gente está mostrando que é capaz”, falou Tatiane Mendonça, de 16 anos.

Todos os alunos são acompanhados por voluntários que já estão no mercado de trabalho, com intuito de formar grandes profissionais antesmesmo de chegar à faculdade. “Queremos que entendam que são capazes de realizar grandes ações ou pequenas e isso independe de posição geográfica, econômica. Empreender é realizar com sucesso, ética, é se empoderar dessa ideia, de fazer as coisas acontecerem”, contou Rosane Shereschewsky, diretora-executiva da Junior Achievement, responsável pelo projeto.

FeiraPara conhecer todas as invenções dos estudantes, no próximo sábado (6), a população vai poder ter contato direto alunos e produtos. Os alunos de 56 miniempresas vão expor as criações numa feira no Plaza Shopping Casa Forte, na Zona Norte do Recife. A entrada é gratuita.

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