Medida do Banco Central dificultou crédito para investimento na atividade.
No Sul, 200 mil famílias vivem com a renda do fumo.
Ele está preocupado com a notícia de que a partir deste ano vai ficar mais difícil crédito para investimento na propriedade. O agricultor tem quatro hectares o poderia recorrer ao Pronaf, Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, mas se quisesse retirar um empréstimo teria que comprovar que 25% da renda da propriedade vêm de outras atividades que não o fumo.
O Banco Central divulgou uma resolução em julho que diminui a oferta de crédito aos agricultores familiares. A norma estabelece novos valores para concessão do crédito de investimento. Para o plantio da safra deste ano, o agricultor tem que comprovar que recebe 25% da renda de outras atividades. Para 2013, esse número sobe para 35% e em 2014 vai para 45%.
O produtor de fumo já não conta com o crédito de custeio porque mais de 90% deles cultivam em parceria com as indústrias de tabaco, que dão apoio e assistência técnica. Para esse produtores, o crédito de custeio oficial não é permitido.
As restrições ao crédito fazem parte de um esforço para reduzir o consumo de tabaco no país. A ação é mundial. Em 2005, o Brasil ratificou a participação em um acordo internacional.
Para diminuir o impacto na renda do produtor, na quinta-feira (27), o Conselho Monetário Nacional, atendendo um pedido feito pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, modificou a resolução.
Para a safra deste ano e para a do ano que vem, voltam a valer as regras antigas. O índice de diversificação da propriedade permanece em 20%. Para a safra de 2014, o governo ainda vai decidir o que fazer.
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