Em plebiscito eletrônico, professores da UFRGS aprovam fim da greve

Do total de votantes, 80,25% votaram a favor de acordo com o governo.
Grupo de docentes tentou impedir divulgação do resultado na Justiça.

Do G1 RS

Um consulta eletrônica com os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul  (UFRGS) aponta para o fim da greve na instituição. Mais de 80% dos docentes que participaram do plebiscito pela internet votaram pelo fim imediato da paralisação e pela assinatura de acordo com o governo federal. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (1º), será levado para assembleia na próxima segunda (6).
De acordo com o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs), 1.367 professores participaram da consulta. Do total de votantes, 1.091 (79,81%) acenaram positivamente para o fim da greve, enquanto 276 (20,19%) foram contra. Da mesma forma, 1097 (80,25%) docentes disseram sim para o acordo proposto pelo governo, enquanto outros 270 foram contrários (19,75%) . Iniciada na última terça-feira (24), a votação pela internet encerrou às 15h desta quarta-feira.
Um grupo de professores entrou na Justiça para tentar impedir a divulgação do resultado da consulta eletrônica. Para eles, o tema só poderia ser votado durante a assembleia. No entanto, no final da tarde, uma liminar obtida pela Adufrgs derrubou a ação. Segundo o sindicato, o posicionamento dos docentes pode ser legalmente consultado e apenas o início e o fim da paralisação precisam ser votados em assembleia.
Agora, o resultado da consulta será somado à votação dos outros oito sindicatos ligados à Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federias de Ensino Superior (Proifes) e apresentado no Ministério da Educação, em Brasília, durante discussão sobre o acerto. Mas será o resultado da assembleia da Adufrgs, marcado para as 13h30 do dia 6, no auditório da Odontologia da UFRGS, que decidirá o futuro da categoria.
Na terça-feira (31), a UFRGS divulgou nota alertando os alunos para a alteração no calendário do segundo semestre da universidade, que deveria ter início no dia 6 de agosto. Há a possibilidade de que as aulas sejam estendidas até janeiro de 2013 por causa da greve. No texto, a instituição informa que uma nova data de início das matrículas dos cursos de graduação será definida até a próxima semana.