Medida visa suprir vácuos deixados com os 12 vetos da presidente Dilma.
Texto aprovado beneficia médios produtores sobre recomposição ciliar.
A principal mudança com a MP é a que cria regras diferentes de recomposição de acordo com o tamanho de cada propriedade. Na prática, obriga todos a recomporem, mas torna a lei mais branda para os pequenos e mais rígida para os grandes.
Por outro lado, a comissão aprovou alterações propostas pelo relator, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que ampliam a proteção de rios. O texto acordado determina cinco metros de área de preservação permanente para rios temporários de até dois metros. Não necessitam de APP apenas os cursos d’água efêmeros.
“Enfim nós fizemos justiça a quem mais precisa que são os pequenos produtores e os médios do Brasil. Nós não teremos mais problemas na votação. Ela ocorrerá normalmente após esse acordo”, afirmou a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), uma das responsáveis por costurar acordo entre ruralistas e ambientalistas durante a sessão desta tarde.
O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que a comissão “resolveu um grande impasse”. “Na ultima votação foi tirada a proteção de rios intermitentes. Você deixou desprotegido as águas do Brasil. Agora nós fizemos um entendimento sobre isso”, afirmou.
A MP ainda será analisada pelos plenários da Câmara e do Senado, onde poderá sofrer alterações. As votações, contudo, deverão ser concluídas até 8 de outubro, data em que a medida perderá a validade.
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