MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 10 de junho de 2012

Sem dar trégua no RS, estiagem agora prejudica culturas de inverno


Em São Borja, perdas já são de R$ 110 milhões só na agropecuária.
Plantação de trigo está atrasada na principal região produtora do RS.

Do G1 RS, com informações da RBS TV

 Depois de ter provocado perdas nas lavouras durante todo o verão no Rio Grande do Sul, a estiagem que atinge o estado há sete meses começa a prejudicar também as culturas de inverno. De acordo com dados da Emater, a semeadura das lavouras de trigo na Metade Norte chega a apenas 12% da área prevista. Em algumas localidades, a alta dos preços dos fertilizantes fez com que alguns produtores desistissem de plantar.
A lavoura de trigo está atrasada em relação ao ano passado, quando os produtores já haviam plantado 25% da safra nesta época do ano, diz a Emater. A produção de leite também apresenta redução, já que a seca atrasou a implantação e o desenvolvimento das pastagens de inverno. A queda na produção de leite chega a 30% na região de Porto Alegre e a 50% em Santa Rosa, no Noroeste. Praticamente todos os produtores de leite estão usando silagem, grãos, farelos e rações para complementar a alimentação dos rebanhos. Em todas as regiões do Rio Grande do Sul, a disponibilidade de água é escassa, sendo que em muitos municípios as prefeituras continuam transportando água para as propriedades.
Em São Borja, o caminhão-pipa da prefeitura distribui 40 mil litros de água por dia no município. "Tem uns 20cm de água, a bomba nem consegue puxar porque fica fora da água. A situação ficou crítica com a seca, os poços dos vizinhos secaram", diz o contabilista Gelson Matoso Brittes, que vive a menos de 1km da perimetral que dá acesso ao centro da cidade. Na zona rural, a situação é mais crítica. Falta água para consumo dos moradores e também dos animais.

"A produção de milho foi praticamente perdida, a soja muito mais. Hortifrutigranjeiros tiveram grande prejuízo, os produtores de leite também perderam porque não têm alimento para os animais", lamenta José Ênio, secretário do Meio Ambiente de São Borja. Em situação de emergência desde 16 de janeiro, o município já registra perdas de R$ 110 milhões só na agropecuária.

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