Polícia usa tecnologia para encontrar focos de incêndio em canaviais

Queima da palha da cana está proibida por 180 dias no Estado de São Paulo.
Nesta sexta-feira (1º), uma queimada já foi registrada em Ouroeste (SP).

Do G1 Rio Preto e Araçatuba

Os policiais ambientais de Jales (SP) já tiveram trabalho no primeiro dia da proibição da queima da palha da cana no Estado de São Paulo. Foram flagrados alguns pontos de queimada na região e a polícia contou com a ajuda da tecnologia para chegar ao local.
É por um programa de computador e um satélite em todo o Estado que o monitoramento é feito. Quando aparecer um ponto azul na tela, é sinal de foco de incêndio. “Ele fornece um banco de dados com atualização muito boa, com vários satélites que conseguem encontrar os focos de incêndio”, afirma o tenente da Polícia Ambiental Renato Montanari.
E foi com este equipamento que a polícia encontrou uma queimada da mata do tamanho de 120 campos de futebol, em uma propriedade em Ouroeste (SP). O caso que será avaliado e encaminhado para perícia. “Chegando ao local vamos ver o tamanho da área atingida e depois entrar em contato com o proprietário para ver se ele tem autorização. Se não tiver, vamos tomar as medidas cabíveis”, diz o cabo Marcos Freitas.

Por 180 dias a queima da palha da cana de açúcar está proibida no interior do estado das 6h às 20h. Independentemente do indíce da umidade relativa do ar. E quando ele for menor que 20%, a proibição também se estende para a madrugada.
Na região noroeste, mais de R$ 1 milhão de multas foram aplicadas a usineiros no ano passado. Nas cidades de São José do Rio Preto (SP) e Votuporanga (SP), o valor da multa foi de mais de R$ 500 mil. Em Araçatuba (SP), apenas uma atuação de R$ 13 mil.
A usina de Ouroeste informou que o fogo foi colocado durante a madrugada com autorização da Cetesb. A polícia vai investigar o caso.

Policiais ambientais verificam a área queimada em canavial na região (Foto: Reprodução / TV Tem)