MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Pela 2ª vez, GDF oferece R$ 14,2 mil a médicos, mas não preenche vagas


Dados apontam ser possível atender demanda com lotados na administração.
Secretaria de Saúde disse prever concurso público para o segundo semestre.

Do G1 DF
Apesar de estar oferecendo novamente salários de até R$ 14,2 mil, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal voltou a receber menos inscrições do que o total de vagas disponíveis para a contratação temporária de médicos. O valor corresponde ao dobro do que é pago aos servidores efetivos.
Reaberta em 18 de maio, a seleção oferecia 269 vagas em seis especialidades, mas apenas 246 interessados entregaram currículo. Na metade delas – anestesiologia, neonatologia e psiquiatria, houve procura abaixo da oferta da secretaria. Em clínica-médica, porém, a busca superou o dobro da demanda.
Dados da própria secretaria apontam que, em duas especialidades, haveria número suficiente para preencher a demanda se considerados os profissionais lotados na Administração Central. Em pediatria, que ofereceu 40 vagas, há 67 médicos em cargos como diretoria regional de saúde ou coordenação de projetos. Em clínica-médica, os números são iguais - 65.
Segundo a pasta, todos os médicos que atualmente estão lotados na Administração Central atuam em cargos de chefia e relacionados à área de atuação deles. A secretaria afirmou que esses profissionais são indispensáveis para a função que estão exercendo.
Presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho afirmou que, apesar de acreditar que as condições oferecidas pela secretaria na contratação temporária não são “atrativas”, é coerente que esses médicos concursados estejam em cargos administrativos. “Na realidade, você tem que ter o profissional atuando na estratégia. Tem que ser o especialista”, disse.
Para Fialho, a contratação temporária da forma como tem sido realizada não traz segurança aos médicos e justifica os pedidos de rescisão que a secretaria vem recebendo. “É precário, porque o contrato acaba rápido. As condições de trabalho são péssimas, não tem segurança. E o stress ocupacional é grande, os profissionais estão adoecendo.”
O presidente do sindicato disse que a entidade está reivindicando junto ao GDF um novo plano para a carreira, com um salário atrativo e com condições para que os médicos evoluam mais rapidamente na profissão. “O governo tem que tomar medidas sedutoras para fazer com que eles queiram ficar [na secretaria]”, concluiu.
ContrataçãoA secretaria informou que já analisou os currículos de intensivistas e neonatologistas e todos foram aprovados. O restante, informou, passará pela mesma avaliação. O contrato, que pode ser de 20 horas semanais com remuneração de R$ 7,1 mil ou 40 horas semanais com salário de R$ 14,2 mil, tem validade de seis meses, prorrogáveis por mais seis.

No caso das especialidades que superaram o número de vagas, a pasta afirmou que vai contratar os profissionais excedentes. Disse ainda que vai continuar aceitando currículos, apesar de o prazo oficialmente ter sido encerrado no dia 1º.
Nova seleção
Em fevereiro passado, a secretaria já havia ofertado vagas para a contratação temporária de médicos, mas, mesmo oferecendo salários de mais de R$ 14 mil, acabou tendo menos inscritos do que a demanda.
Na época, o presidente do Sindicato dos Médicos, Gutemberg Fialho, disse não se surpreender com a situação. “É a terceira vez que fazem isso e não têm sucesso. A secretaria não está aprendendo com os próprios erros. Mesmo se o salário fosse bom, as condições de trabalho na rede pública são ruins, não é atrativo”, explicou.
De acordo com Fialho, apesar de ser o dobro do que a pasta paga para concursos públicos, os salários continuam baixos. Ele afirmou que um médico na iniciativa privada com contrato de 20 horas semanais recebe cerca de R$ 20 mil, quase o triplo do oferecido na rede pública – R$ 7,1 mil.
A secretaria informou que tem projeto para realizar um novo concurso público para contratação de médicos no segundo semestre de 2012. Segundo a pasta, as vagas temporárias têm o objetivo de suprir carências momentâneas, como licenças ou férias.
A pasta também informou que desde 2011 já chamou 820 médicos aprovados em concurso.

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