Autoridades discursam na plenária da conferência no Rio de Janeiro.
'Ricos podem ficar um pouco menos ricos', diz ministro do Marrocos.
“Fazemos um apelo a esses que, ricos, podem ficar um pouco menos ricos, e apoiar as nações mais pobres que sofreram desastres naturais para alcançarem algum grau de desenvolvimento”, disse o primeiro-ministro do Marrocos, Abdelilah Benkirane.
O primeiro-ministro do Catar, Hamad Nin Jassim Bin Jaber Al Thani, também defendeu mecanismos para garantir o progresso dos países não desenvolvidos.
“Os países mais pobres deveriam ser ajudados. Poderíamos conseguir uma fórmula mais ambiciosa. Temos basicamente alguns desafios, como a falta de compromisso com os assuntos que regulam as atividades financeiras”, disse.
“O documento geral da Rio+20 oferece uma oportunidade de reformação internacional, mas será que isso é suficiente?", questionou. "As gerações futuras não devem relembrar essa conferência apenas pelas suas intenções e sim pelas suas ações”, disse.
Para o presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, o compromisso final não parece estar à altura das necessidades exigidas. "Apoiando-se nesta crise recente, alguns países desenvolvidos justificam não conferir recursos para lidar com a crise ecológica, que coloca em risco a própria existência da espécie humana", afirmou.
Arturo Corrales, ministro de Relações Exteriores de Honduras, defendeu o estabelecimento de metas, destacando que “para os países em desenvolvimento, o custo é muito superior àqueles que já gozam desse estado de desenvolvimento”.
O ministro do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável das Ilhas Maurício afirmou que os países pequenos e insulares só poderão estabelecer uma economia verde “com apoio técnico e financeiro”.
“Fazemos um apelo às instituições financeiras internacionais para que lidem com essa questão o mais rápido possível”, discursou.
Egito e Palestina
O ministro do meio ambiente do Egito defendeu que os compromissos da conferência sejam "práticos e realistas". "Precisamos fornecer ajuda financeira aos países em desenvolvimento e temos que ter objetivos claros", disse, destacando que o povo palestino tem todo o direito de gozar de recursos para o desenvolvimento sustentável com liberdade, apesar da ocupação.
O ministro de relações exteriores da Palestina afirmou que o alcance do desenvolvimento sustentável do povo palestino inicia-se com a sua liberdade, o fim da ocupação israelense e a independência do estado palestino. "É importante fornecer a parceria entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento para reduzir o peso da divida externa e a promoção de quadros de maior integração", disse.
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