Revista disse que Lula pressionou ministro do STF para adiar mensalão.
Em nota, ela disse ser 'falsa' informação de que está preocupada com o caso.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nota nesta quarta-feira (30) em que classifica como "falsas" as informações de reportagem publicada no jornal “O Estado de S. Paulo”, segundo a qual a presidente Dilma Rousseff estaria preocupada com o desentendimento entre o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e o ex-presidente Lula - confira a íntegra da nota no fim da reportagem.
Reportagem da revista "Veja" publicada no último final de semana relatou encontro entre Mendes e o ex-presidente no qual Lula teria supostamente pressionado o ministro com o objetivo de adiar o julgamento do mensalão. Em troca, teria oferecido a Mendes proteção na CPI do Cachoeira, em razão de uma viagem do ministro a Berlim, em companhia do senador Demóstenes Torres. Depois, Mendes confirmou o encontro com Lula e o ex-presidente disse que recebeu a reportagem com "indignação".
Nesta terça, Gilmar Mendes voltou a falar sobre o episódio e afirmou que "gângsters" e "bandidos" estão plantando informações contra ele com o objetivo de atingir o Supremo Tribunal Federal.Lula não comentou - veja no vídeo ao lado.
O G1 procurou a redação de "Estado de S.Paulo", que disse que não vai se pronunciar sobre a nota da Presidência. Segundo informa a reportagem do "Estado" publicada nesta quarta-feira, Dilma falou ao presidente do STF, Ayres Britto, que a “situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário”. Britto encontrou-se com Dilma na tarde desta terça-feira (29), no Palácio do Planalto, segundo agenda oficial.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Presidência informa que o encontro serviu para convidar o Ayres Britto para participar da conferência ambiental Rio+20, a ser realizada no mês que vem.
“A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem”, diz a nota. “Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos”.
Suposta pressãoReportagem da revista "Veja" publicada no último final de semana relatou encontro entre Mendes e o ex-presidente no qual Lula teria supostamente pressionado o ministro com o objetivo de adiar o julgamento do mensalão. Em troca, segundo a revista, teria oferecido a Mendes proteção na CPI do Cachoeira, em razão de uma viagem do ministro a Berlim, em companhia do senador Demóstenes Torres. Segundo a revista, "boatos" davam conta de que a viagem teria sido patrocinada pelo bicheiro. Mendes disse que viajou com recursos próprios. Demóstenes afirmou que não viajou junto com o ministro.
Confira nota divulgada pela Presidência:
"Nota à Imprensa
A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título "Para Dilma, há risco de crise institucional", publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.
Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Paulo e à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20."
Reportagem da revista "Veja" publicada no último final de semana relatou encontro entre Mendes e o ex-presidente no qual Lula teria supostamente pressionado o ministro com o objetivo de adiar o julgamento do mensalão. Em troca, teria oferecido a Mendes proteção na CPI do Cachoeira, em razão de uma viagem do ministro a Berlim, em companhia do senador Demóstenes Torres. Depois, Mendes confirmou o encontro com Lula e o ex-presidente disse que recebeu a reportagem com "indignação".
O G1 procurou a redação de "Estado de S.Paulo", que disse que não vai se pronunciar sobre a nota da Presidência. Segundo informa a reportagem do "Estado" publicada nesta quarta-feira, Dilma falou ao presidente do STF, Ayres Britto, que a “situação é perigosa, tem potencial de estrago que beira a crise institucional nas relações entre Executivo e Judiciário”. Britto encontrou-se com Dilma na tarde desta terça-feira (29), no Palácio do Planalto, segundo agenda oficial.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Presidência informa que o encontro serviu para convidar o Ayres Britto para participar da conferência ambiental Rio+20, a ser realizada no mês que vem.
“A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem”, diz a nota. “Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos”.
Suposta pressãoReportagem da revista "Veja" publicada no último final de semana relatou encontro entre Mendes e o ex-presidente no qual Lula teria supostamente pressionado o ministro com o objetivo de adiar o julgamento do mensalão. Em troca, segundo a revista, teria oferecido a Mendes proteção na CPI do Cachoeira, em razão de uma viagem do ministro a Berlim, em companhia do senador Demóstenes Torres. Segundo a revista, "boatos" davam conta de que a viagem teria sido patrocinada pelo bicheiro. Mendes disse que viajou com recursos próprios. Demóstenes afirmou que não viajou junto com o ministro.
Confira nota divulgada pela Presidência:
"Nota à Imprensa
A Presidência da República informa que são no todo falsas as informações contidas na reportagem que, em uma de suas edições, apareceu com o título "Para Dilma, há risco de crise institucional", publicada hoje no diário O Estado de S. Paulo. Em especial, a audiência de ontem da presidenta Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, tratou do convite ao presidente do STF para participar da Rio+20 e de assuntos administrativos dos dois poderes. Reiteramos que o conjunto da matéria e, em especial, os comentários atribuídos à presidenta da República citados na reportagem são inteiramente falsos.
Contrariando a prática do bom jornalismo, o Estadão não procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência para confirmar as informações inverídicas publicadas na edição de hoje. Procurada a respeito da audiência, a Secretaria de Imprensa da Presidência informou ao jornal Estado de S. Paulo e à toda a imprensa que, no encontro, foram tratados temas administrativos e o convite à Rio+20."
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