Demóstenes fica calado e CPI encerra sessão de depoimento
Senador afirmou encaminhará à CPI depoimento do Conselho de Ética.
Ele afirmou que usará direito da Constituição de 'permanecer calado'.
O final da sessão foi conturbada com um bate-boca entre os senadores Silvio Costa (PTB-PE) e Pedro Taques (PDT-MT). Assim que Demóstenes manifestou a intenção de não falar, Costa começou a questionar a postura do colega.
"O seu silêncio é a mais perfeita tradução da sua culpa! Desse jeito você vai ter 80 votos pela cassação do mandato! Você é um demagogo, você vai ser processado por propaganda enganosa!", bradou Costa.
Com o clima tenso, Vital do Rêgo dispensou Demóstenes da sala da CPI. No início de sua fala, Demóstenes informou que irá encaminhar à comissão as notas taquigráficas e a degravação do depoimento que deu na última terça (29) ao Conselho de Ética do Senado, onde responde a processo por quebra de decoro parlamentar.
"Comunicamos que nós permaneceremos calados, uma vez que nosso advogado está providenciando junto ao conselho de ética a degravação desse depoimento que eu fiz bem como as notas taquigráficas da sessão para que sejam encaminhadas a essa CPI", afirmou.
Nesta terça, Demóstenes falou por mais de cinco horas no Conselho de Ética do Senado, que o investiga por quebra de decoro parlamentar. O senador é suspeito de ter utilizado o mandato para beneficiar os negócios do contraventor. Demóstenes negou a acusação.
Em discurso e após ser interrogado por parlamentares, ele voltou a afirmar que é amigo de Cachoeira, admitiu que o contraventor pagava sua conta de celular, mas negou que tivesse conhecimento de irregularidades cometidas pelo bicheiro. Demóstenes disse que vive o "pior momento" de sua vida e que se sente traído por Cachoeira. Ele afirmou ser vítima do "maior massacre da história".
"Nunca sofri tanto na minha vida. Eu sou um homem que tem vergonha na cara. [...] Eu sou um carola", disse Demóstenes aos demais parlamentares.
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