Produção deve ficar abaixo do esperado.
Estado responde por 56% da cana produzida no país.
No canavial é possível perceber o reflexo da falta de chuva. Há muitas folhas secas e brotos que não vingaram e não serão aproveitados pela indústria. A cana está fina e cresceu pouco.
O engenheiro agrônomo Gustavo Nogueira explica que o clima pode até mudar e levar chuva para a região, mas os efeitos da seca dificilmente serão revertidos. "Pode haver uma reversão chovendo em abril e maio, que são meses mais difíceis de ocorrer grandes volumes de chuva, mas já houve um comprometimento no nível de produtividade dos canaviais por essa falta de chuva que nós tivemos nos meses de fevereiro e março", diz.
O agricultor Sílvio Lovato, que tem 320 hectares de cana no nordeste do estado, diz que o prejuízo é visível. Em períodos normais, o canavial dele renderia 90 toneladas por hectare, mas como os gomos, que é a parte processada pela indústria, estão menores, ele acredita que a produtividade também será bem menor.
Segundo o presidente da Canaoeste, Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, a perda de produtividade deve fazer com que a safra atual da cana-de-açúcar em toda a região centro sul do país seja 6% do que o esperado.
"Há dois meses nós falávamos em cerca de 530 a 540 milhões de toneladas. Hoje, em função do que aconteceu nesse período, nós estamos falando em 500 milhões de toneladas, safra igual à safra do ano passado", avalia Manoel Ortolan, presidente da associação.
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