Açúcar vem se valorizando desde o começo do ano.
Café realiza movimento contrário.
Archimedes Coli Neto, presidente do Centro de Comércio de Café de Minas Gerais, explica que os fundos operam na Bolsa no fator negativo e as perspectivas de safra boa e o momento de colheita e venda na América Central favorecem a não-reação dos preços.
No mercado interno, o cenário poderia ser melhor se o dólar ajudasse, mas a cotação baixa prejudica as exportações. Comparando o preço do café com o mesmo período do ano passado, não há muita diferença, segundo Coli Neto.
O professor da Universidade de São Paulo Maurício de Souza acompanha o preço do açúcar no Brasil e nas Bolsas internacionais diariamente. Ele explica que o preço na Bolsa de Nova York tem subido bastante devido à influência de dois grandes fatores: as especulações do mercado de energia, ou seja, o preço do petróleo, e as especulações sobre uma oferta apertada de açúcar no Brasil em curto prazo. "Quando sobe o preço do petróleo, os investidores migram para o açúcar em função dos efeitos que o aumento tem sobre o mercado de etanol. De outro lado, como estamos vindo de uma safra apertada de açúcar, as especulações sobre a oferta menor pressionam o preço para cima".
O economista e professor da USP diz ainda que, além desses fatores, ainda tem a previsão de alta na produção de açúcar em outros países, como Índia, Rússia e Tailândia, o que deve gerar um excedente e, com mais oferta, o preço na Bolsa pode cair.
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