Laranjais devem produzir pouco mais de 375 milhões de caixas em SP.
Houve um aumento de 16% em relação a 2010.
As notícias foram de aumento da produção mundial nas lavouras de cacau. Por isso, os preços da amêndoa no mercado interno tiveram uma queda para o produtor de 15% no ano. O lado bom da história é que a indústria importou menos o produto porque também houve aumento na safra nacional.
O agricultor precisou lidar com uma safra maior nas plantações de mandioca. O volume colhido da raiz aumentou 7%, o que há muito tempo não se via. O crescimento da oferta provocou uma queda nos preços.
O tomate de mesa registrou cotação em alta ao longo do ano. Já quem produz para a indústria ficou com o preço estabilizado. No volume total, a safra brasileira teve alta de 10%.
As frutas apresentaram surpresas na exportação. Em primeiro lugar, ficou a uva, com receita de US$ 135 milhões. A manga chegou em segundo, com US$ 124 milhões. O melão emplacou o terceiro lugar, com US$ 105 milhões.
A laranja na forma de suco é a principal fruta de exportação do Brasil. A receita com o suco de laranja chegou a US$ 2,1 bilhões, com crescimento de 34%. A safra foi maior nos pomares de São Paulo, estado que concentra quase 80%, mas nem todos os produtores conseguiram bons preços.
De acordo com o levantamento da Conab, os laranjais de São Paulo devem produzir pouco mais de 375 milhões de caixas, com um aumento de 16% do que em 2010. Com tanta laranja as indústrias tiveram de trabalhar 24 horas por dia e ainda assim filas se formaram no pátio.
A boa safra foi o resultado de investimentos em adubação e combate a doenças. O clima também ajudou na produção. A expectativa era de lucro para o agricultor, mas a safra foi tão grande que derrubou os preços da laranja. Com tanto produto no mercado, foi difícil negociar um bom valor com a indústria. Quem resolveu arriscar e não fechou contrato antecipado, perdeu dinheiro.
O agricultor Francisco Ogata, que tem 250 hectares cultivados com laranja em Matão, município da região central do estado de São Paulo, deve colher 300 mil caixas da fruta até o fim da safra, em fevereiro. A produção está sendo vendida por R$ 10,50, valor muito abaixo do esperado.
Um acordo firmado em junho entre o governo, a indústria e produtores estabilizou um pouco o mercado da laranja em 2011. O governo liberou R$ 240 milhões para financiar a estocagem de suco nas indústrias. As empresas ficaram com o compromisso de comprar a fruta por um valor mínimo de R$ 10,50 a caixa. O agricultor Carlos Grigolli tem contrato com a indústria e vai receber R$ 14 pela caixa. “O preço mínimo de R$10,50 cobre o custo de produção. Já o nosso contrato dá um excedente importante para continuarmos produzindo”, diz.
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