Amêndoa do babaçu faz parte do programa de preços mínimos do governo.
Mais de 1,9 mil quebradeiras recebem subvenção como extrativistas.
As mudanças na vida da quebradeira de coco Maria Cenalva da Silva começaram na cozinha, na hora de aliviar a fome dos filhos. “Não tinha tomate. Não tinha nada. Agora, tem leite. Melhorou muito a alimentação das crianças. O dinheiro que sobra a gente compra um vidro de remédio ou um calçado”, diz.
Mil novecentas e quarenta quebradeiras de coco babaçu recebem subvenção como extrativistas no Maranhão. Elas se cadastraram no programa de preços mínimos do governo federal e recebem o benefício todo mês com base na venda do produto.
Quando a quebradeira vende um quilo de amêndoa por R$ 1,00, o governo paga a subvenção de R$ 0,46, completando o preço mínimo do produto fixado em R$ 1,46.
Um grupo de mulheres do município de Alto Alegre, no meio oeste do estado, participa do programa desde 2009, quando a amêndoa do babaçu passou a fazer parte do programa de preços mínimos. Elas só precisaram seguir algumas regras. Primeiro, as mulheres criaram uma associação. Depois, cada uma conseguiu junto ao Incra uma declaração de aptidão ao Pronaf. Além de afastar os atravessadores dos babaçuais, a subvenção deu mais segurança para as quebradeiras de coco, que agora têm a garantia de uma renda no final do mês.
A associação recolhe as amêndoas nas casas e vende para as indústrias da região. Uma cópia da nota fiscal vai para Conab, que todo mês deposita o valor da subvenção na conta da associação, que repassa o dinheiro para as extrativistas.
A quebradeira de coco Ana Barbosa Lima, que criou 16 filhos com a renda tirada dos babaçuais, emociona-se ao receber o beneficio acumulado com a venda do coco. “Hoje, já tenho o meu dinheiro que me ajuda. Minha família está toda criada. Eu me emociono por causa disso”, diz.
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