MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Estatal criada para a Copa custou R$ 5 milhões, mas não saiu do papel


Mesmo depois que o governo decidiu enterrar o projeto, a empresa ainda recebeu dinheiro público.

O Ministério do Esporte deu explicações nesta segunda-feira (30) sobre uma estatal criada para a Copa do Mundo que custou quase R$ 5 milhões, mas nunca saiu do papel. Mesmo depois que o governo decidiu enterrar o projeto, a empresa ainda recebeu dinheiro público.
A denúncia foi publicada pelo jornal O Estado de São Paulo. Segundo a reportagem, o Ministério do Esporte pagou R$ 4.650 milhões por um serviço de consultoria para a criação de uma empresa estatal, que deixou de existir antes mesmo de começar a funcionar.
O contrato assinado com a Fundação Instituto de Administração (FIA) vigorou de dezembro de 2010 a julho de 2011, no valor de R$ 3.746 milhões, como mostra o portal da transparência do Governo Federal.
A FIA elaborou um modelo de gestão para a Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A - Brasil 2016, criada em agosto de 2010, para auxiliar outra empresa também criada pelo governo Lula: Autoridade Pública Olímpica.
No início de 2011, o governo Dilma considerou que já havia estrutura suficiente para cuidar das Olimpíadas. A Brasil-2016 se tornou dispensável e foi incluída no Programa Nacional de Desestatização.
Ainda assim, um aditivo prorrogou o contrato com a Fundação Instituto de Administração por quatro meses e mais R$ 900 mil. Tudo na gestão do ex-ministro Orlando Silva.
O Ministério do Esporte diz que isso aconteceu porque, além da ajuda para o nascimento da estatal, o contrato previa consultoria de todas as ações do Governo Federal em relação às Olimpíadas.
O atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que concordou com o fim da empresa, disse que quando chegou ao ministério, a decisão já estava tomada. “A empresa chegou a existir, chegou a ser constituída e o governo decidiu pela sua extinção”, afirma o ministro.
O ex-ministro Orlando Silva não quis gravar entrevista. Ele disse que não se lembra dos aditivos que prorrogaram o contrato.
JORNAL NACIONAL

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