Universidade criou concurso de negócios para incentivar alunos.
Grupo de meninas criou sapato com três alturas diferentes.
“A grande discussão hoje é nós buscarmos capacitar os alunos a gerenciar o próprio negócio. Acreditamos que seja bastante diferente de ser um executivo de uma empresa como colaborador”, explica o professor William Francini.
O empreendedorismo é ensinado há três anos na Fundação Educacional Inaciana (FEI), no ABC paulista. Trezentos alunos já cursaram a disciplina, dividida em dois semestres. Eles descobrem como fazer plano de negócios, avaliar oportunidades, estudar o mercado, enfrentar concorrentes e satisfazer clientes.
“Um dia eu sonho em ter meu próprio negócio e aqui eu estou aprendendo a gerir bem o meu futuro próprio negócio”, diz o aluno Silas da Silva Junior.
Os alunos montam uma empresa no papel: fazem um projeto com previsão de investimento, capital de giro e lucro. Não faltam ideias criativas que um dia podem virar bons negócios.
Para incentivar os alunos, a universidade criou um concurso de negócio, em que os jovens desenvolvem projetos empresariais e são julgados por uma comissão.
“Se você vê essas grandes empresas que surgiram recentemente, elas nasceram de banco de escola. Alunos que estavam estudando, de repente sacaram uma grande idéia. Mas foram viabilizados durante o seu período numa escola, num banco de aula”, diz Hong Ching, coordenador do curso.
Os estudantes esbanjam criatividade. Um grupo bolou uma academia de ginástica diferente, onde o objetivo é diminuir o stress dos clientes na hora de malhar. O grupo fez uma pesquisa e descobriu que metade das pessoas que se matricula nas academias desanima em poucos meses. A ideia dos alunos é criar um ambiente interessante para treinar.
Já um grupo de meninas inventou um sapato multifuncional, apresentado em um modelo de espuma. São três alturas no mesmo sapato, um salto com 10 centímetros que se encolhe, fica com a metade, e que também pode ser embutido, fazendo o sapato virar uma sapatilha.
“Ela pode trabalhar com um salto maior, ela pode ir pra uma faculdade diminuindo o salto tendo um descanso do corpo, e depois ela pode ir para uma festa aumentando o salto”, diz a estudante Franciele de Oliveira.
Com o produto, as meninas arrasaram na premiação e levaram o troféu. Entusiasmadas, elas agora já pensam longe.
“Eu achei uma experiência muito importante para a gente, porque com isso ganhamos confiança. A gente já esttá querendo colocar uma patente, a gente vai seguir em frente”, diz a estudante Mayani Figueiredo
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