MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 6 de novembro de 2011

Programa brasileiro de aprendizagem em 3D é usado em 20 países

 

Faturamento da empresa fabricante aumenta 150% ao ano.
Programadores buscam referências na fisiologia dos animais.

Do PEGN TV
Em São Paulo, uma empresa recebeu apoio do Sebrae e criou um projeto matador no setor de tecnologia. A invenção foi um software em 3D para educação, que hoje é usado em escolas do mundo inteiro.
O novo método de aprendizado está disponível para alunos de todas as idades. os conteúdos de biologia, química e geografia agora são em terceira dimensão: o funcionamento de um coração, a estrutura de uma águia, a análise do DNA.
O programa nasceu em uma empresa de São Paulo. Oito desenvolvedores já criaram mais de mil modelos interativos. A equipe é comandada pelos empresários Mervyn Lowe e Emerson Hyppolito. O negócio foi criado há sete anos, e desde o começo os sócios foram apoiados pelo Sebraetec, o programa de inovação do Sebrae.
O conteúdo é baseado no currículo escolar. Os programadores são orientados por consultores educacionais, porque, além de fazer um objeto tridimensional, é preciso ensinar uma lição.
“Eu acho que eu gostaria de ter sido criança novamente pra poder aprender com uma dimensão que ajuda muito o entendimento. O processo educacional é uma coisa muito difícil. Eu acho que o recurso que essa empresa vende facilita muito o processo pedagógico”, diz Luiz Barretto, presidente do Sebrae.
Os programadores buscam referências visuais na fisiologia dos animais e em objetos geométricos. Depois, são feitos os desenhos, a modelagem, a pintura, e finalmente a animação em 3D.
“A gente levou mais ou menos da pesquisa até essa modelagem final duas semanas”, conta o designer Patrick Braga.
Em uma escola da zona Sul de São Paulo, todos os 1220 alunos usam o sistema. E aulas deste tipo são compartilhadas com estudantes de várias partes do mundo.
Hoje o software é usado por um milhão de alunos, que estudam em 2,5 mil escolas de 20 países. São crianças da Finlândia, África do Sul, Canadá, até da Turquia. E os especialistas em educação confirmam: o sistema ajuda mesmo no aprendizado.
O programa não tem áudio nem texto. A responsabilidade de ensinar o conteúdo continua sendo dos professores. Há quatro anos Simone Oliveira usa o programa para dar aulas.
“Isso facilita muito, faz com que eles tenham uma noção do acontecimento real e não apenas aquela imagem parada”, conta a professora.
Usar o sistema custa R$ 1,5 mil por mês. Só no Brasil são 200 escolas. Agora a empresa tenta entrar na China, um mercado com 700 mil colégios e 300 milhões de alunos.
O faturamento da empresa aumenta 150% ao ano, um resultado que só pode ser alcançado com muita inovação. E já vem aí o software para televisão em 3D. Até o final do ano um programa será comercializado para rodar nos tablets.
“O pai quer um produto ele vai lá, baixa, compra direto e o filho tem acesso. Então não estou limitado mais ao universo da escola, mas assim a qualquer um, em qualquer lugar do mundo, que queira ter esse conteúdo”, diz Mervyn
Até 2013 o Sebrae vai investir quase R$ 800 milhões. O dinheiro vai ser aplicado em recursos para auxiliar as empresas. O incentivo a exportação é uma das estratégias do Sebraetec.
“O fundamental é que todo mundo que tem um negócio esteja antenado permanentemente, que você precisa se inovar, precisa se capacitar constantemente para dar conta do recado e competir nesse mercado cada vez mais difícil”, diz Barretto, do Sebrae.

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