MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Maior emergência de PE teve quase 30 mil vítimas de motos em 10 anos

 

Quando têm alta, pacientes precisam reaprender a viver usando próteses.
Incluindo saúde e previdência, cada um custa quase R$ 1 milhão.

Do G1 PE
 Quase trinta mil vítimas de acidentes de motocicleta foram atendidas no Hospital da Restauração, principal emergência do Recife, entre os anos de 2000 e 2010. Muitos deles, quando recebem alta, precisam reaprender a viver, usando próteses. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), um paciente de moto custa mais de R$ 150 mil ao serviço de saúde dentro do hospital. Contando o socorro, a licença médica, a aposentadoria, o gasto é de quase um milhão. O NETV 2ª Edição começa a exibir, nesta segunda-feira (24) uma reportagem sobre esse grave problema de saúde pública.
O carreteiro Luciano José do Nascimento perdeu o braço em uma noite na estrada, quando voltava do trabalho em uma fábrica de cerâmica no município de Jaqueira, na Zona da Mata Sul. Ele levava na garupa o filho de 18 anos, que tinha acabado de conseguir o primeiro emprego, na mesma empresa. “Eu usei o meu braço pra livrar o meu menino. Coloquei ele pra trás aí foi na hora que pegou a carroceria do caminhão, pegou no braço”, relata. Com 32 anos, quatro filhos, vai tentar com o INSS uma aposentadoria por invalidez.
Ele conta que a mudança de vida é radical. “Tem que prestar muita atenção em levantar, porque você pode desequilibrar o corpo, já é outra coisa, né? Tem que andar mais lento, ir ao banheiro tem que prestar muita atenção”, afirma. Os médicos dizem que ele vai precisar fazer fisioterapia inclusive para conseguir respirar bem.
O trabalhador rural Marcelo Azevedo perdeu o amigo e a perna em um trágico acidente de moto. O amigo vinha na garupa e havia uma enxada atravessada entre os dois – eles vinham da roça. “Quando a gente viu o ônibus bateu na gente, aí amputou a perna de nós dois. A minha e a dele”, lembra. Marcelo, que também ficou com um braço comprometido, só se deu conta da gravidade do acidente três dias depois, na UTI do hospital. “Continuar andando é a coisa que eu preferia mais, né? Em casa, com minha família, se deus quiser”, afirma.
Autorização para amputar
Os médicos avaliam que em torno de 12% das pessoas que chegam vêm com um braço ou uma perna que já não tem qualquer condição de cumprir a sua função no corpo depois do acidente. Antes de amputar, a equipe precisa da autorização do paciente ou de um parente dele. E assinar um formulário como este num momento tão crítico é dramático para a maioria.
Há quatro meses, quando entrou no HR com a perna em pedaços, o mecânico Luis Carlos do Nascimento precisou enfrentar esta situação. “Falaram pra mim no começo pra amputar ela, mas eu não aceitei porque é muito ruim a gente estar sem um pedaço da gente. Aí eu não aceitei assinar”, conta. Mas ele sabe que não vai mais dar pra contar com essa perna. “Se eu usar é só pra me equilibrar, mas pra andar mesmo normal e movimentar e trabalhar, mais não”, reconhece.
Peso morto
A enfermaria que fica no 6º andar do HR é 95% formada por vítimas de acidentes de moto. “São pacientes amputados gravíssimos com lesões que perdem substâncias, lesões arteriais, lesões vasculares, neurológicas, muitas vezes fica o membro, mas fica desfuncionalizado (sic), é como fosse uma amputação com o membro lá dentro”, explica o médico João Veiga, coordenador executivo do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto.
Uma parte do corpo assim vira um peso morto. Com olhar triste e resignado, o costureiro Valdivino do Nascimento revela como se sentiu ao descobrir que não voltará a dobrar a perna depois de ter o joelho esfacelado no asfalto. “Achei muito ruim, né? ficar sem poder movimentar a minha perna, tô achando ruim, eu não sabia disso ainda”, diz. Serão meses de hospital, um tratamento caríssimo.
Quem está nas ruas em sua moto jamais se imagina numa situação como essa. Só sente a adrenalina nos quilômetros de equilíbrio, exibição e risco.
Álcool
Entre os pacientes do Hospital da Restauração, 30% assumiram para os médicos ter ingerido bebida alcoólica. Estavam sem capacete 27% deles e 77% não tinham carteira de habilitação. Muitos deles vieram do interior. No Hospital Regional de Salgueiro, no Sertão, o auxiliar de serviços gerais Thiago Lima da Silva juntou infrações: velocidade, bebida alcoólica e falta de carteira de motorista. “Tinha tomado algumas dosezinhas. vinha de uma diversão, vinha dum jogo”, confessa.
O mototaxista Sivonaldo Sá, que também esperava atendimento em Salgueiro, vai ter que fazer uma cirurgia. Aos 22 anos, ele até se diverte quando fala do acidente: “tava bêbado. Tivesse bom tinha caído não, foi a cachaça que derrubou”. Ele agora precisa da ajuda da esposa até para se alimentar.

Um comentário:

  1. trouxa,otário,tolos,bestas pura falta de inteligencia.não comprteendem que o uma motocicleta os deixam na moda. pelo con trario levam á morte. mesmo quem saber usa-la é realamente habilitado.a moaria bnão sabe sabe nem ler dirá compreender um texto imagine se habilitar para ra pilotar um veiculo de 2 rodas motorizado. mais os maoires culpados são as pseudas autoridades quem não sabem nem fazer e nem aplicar leis,os empressarios que so pensam em lucrar e trouxas dos que compram por impulso .ou seja a falta de inteligencia,a irresponsablidade civil,a ineficacia da lei e acima de tudo,descaso, desreipeito,alienação,desta pseuda sociedade é nescessário repensar tudo,refor,tudo:mandar a sociedade para o analista,para que esta seja tratada e curada pra voltar á prosperar concientemente e não cegamente.

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